Quem o diz é o ministro da Educação
Nuno Crato, referindo-se aos cortes monstruosos no ensino superior.
Segundo o ministro os cortes a que o ensino superior tem sido sujeito
“até fizeram bem a universidades e políticos”, sendo que
reitores e presidentes de politécnicos revelaram-se gestores de
topo. É claro que esses mesmos presidentes de politécnicos e
reitores discordam da afirmação do ministro e a eles juntam-se
estudantes e professores.
Nuno Crato não diz que esses cortes
saudáveis fazem parte de uma cartilha ideológica que tem, entre
outros objectivos, o enfraquecimento dos serviços públicos. E nesse
particular, o Governo de que Nuno Crato faz parte tem feito um
trabalho irrepreensível.
Na mesma semana em que se conheceu a
pasta do novo comissário Carlos Moedas – curiosamente comissário
europeu da Investigação, Ciência e Inovação, sem qualquer
experiência, membro de um Governo que penalizou severamente essas mesmas áreas – o ministro da Educação sai-se um comediante. De
facto, se não fosse tão grave, até daria vontade de rir.
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