Os malabarismos, sobretudo no que diz
respeito a números, não é uma prática estranha aos governos, mas
o actual Executivo está muito à frente dos seus antecessores.
Porventura o melhor exemplo de malabarismo com números prende-se com
os dados do desemprego. Procura-se um equilíbrio inexistente.
De resto, todos já ouvimos
responsáveis governativos apregoarem uma pretensa redução do
número de desempregados – um dos sucessos (?) deste Governo.
Ora, alguns jornais dão indicação
da existência de 162 mil desempregados escondidos, invariavelmente
envolvidos em acções de formação e outras “acções”. Estes
subterfúgios aumentaram mais de 60 por cento desde 2013. Se a isto
somarmos aqueles que desistiram de procurar activamente emprego,
somos confrontados com números assustadores, mas reais.
Este malabarismo, para me socorrer de
um eufemismo, junta-se a um vasto rol de mentiras como o caso recente
de uma pretensa redução da pobreza e das desigualdades, quando
estes números, de que o primeiro-ministro se vangloriou, eram
referentes a um período em que José Sócrates era
primeiro-ministro.
O país empobreceu – tem sido esse o
desígnio do primeiro-ministro e do seu séquito. Por muito que
Passos Coelho afirme estar-se nas “tintas” para eleições, a
verdade é bem diferente. São necessários malabarismos; a mentira
torna-se um imperativo não exclusivo às campanhas eleitorais.
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