A CPLP conta agora com mais um membro:
a Guiné Equatorial. Aquele país corrupto, liderado por um ditador
que chegou ao poder através de um golpe de Estado sem misericórdias.
A História deste país é conhecida: Teodoro Obiang - é assim que o
senhor se chama - chafurda no luxo resultado dos vastos recursos do
país, enquanto 80 por cento dos seus cidadãos vivem na mais abjecta
miséria. Este é um dos países mais ricos da África subsariana.
A Guiné Equatorial aderiu à CPLP
(Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Na sua maioria não
falam português (excepção de algumas regiões onde se falam
línguas crioulas e que, com algum esforço, se encontrará algum
resíduo da língua portuguesa). Detalhes sem importância. A Guiné
Equatorial está nos antípodas do que é a democracia. Não
interessa. Detalhes sem importância. A Guiné Equatorial desrespeita
visceralmente os direitos humanos. Mais uma vez meros detalhes. Não
sejamos picuinhas. Obiang, o líder daquele país, vai investir no
Banif com o beneplácito de Luís Amado - agora no Banif, outrora
detentor da pasta dos Negócios Estrangeiros. Detalhes sem
importância? Coincidências, meras coincidências.
Rui Machete, o actual detentor da pasta dos Negócios Estrangeiros, afirmou que "Portugal se sente à vontade com esta decisão." Pois claro que se sente.
Rui Machete, o actual detentor da pasta dos Negócios Estrangeiros, afirmou que "Portugal se sente à vontade com esta decisão." Pois claro que se sente.
Noutros tempos, as relações com
líderes políticos pouco amigos do conceito de democracia fazia a
comunicação vibrar. José Sócrates que o diga. Hoje as coisas são
substancialmente diferentes. Outros tempos, outras vontades, outras
cores políticas, a mesma comunicação social, o mesmo país inerte,
alheado de quase tudo que se passa em seu redor.
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