À saída da comissão política do PS, o candidato António Costa
foi vaiado por apoiantes de António José Seguro. Esta não terá sido a
primeira manifestação de desentendimento no seio de um partido dividido e
sem alternativas. Discute-se e apoia-se veementemente uma das duas
figuras. Ideias alternativas essas parecem ser uma questão de somenos.
Costa e Seguro são pessoas diferentes, não tenho dúvidas. Tenho dúvidas sim, e muitas, no que diz respeito a qualquer coisa semelhante a uma alternativa credível às políticas seguidas por PSD e CDS, quer de um, quer de outro. De resto, nem tão-pouco acredito que qualquer alternativa possa vir dos partidos do chamado arco da governação. São partidos demasiado comprometidos com o poder económico e subjugados a esse poder; por outro lado, estes são partidos herméticos e avessos a qualquer mudança que possa incomodar esse poder económico. A promiscuidade entre poder político e poder económico caracterizam estes partidos, consequentemente as pretensas alternativas são meros paliativos que nada resolvem.
Entretanto, assistiremos durante mais três meses a querelas internas no PS, querelas que o enfraquecem e que se sobrepõem a qualquer discussão ideológica. O que se viu em Ermesinde, com António Costa a ser alvo de vitupérios, é uma pequena amostra da política no seu melhor, perdão, no seu pior: quezílias sobre pessoas, ausência de ideias, lugares cobiçados, nada mais do que isto.
Costa e Seguro são pessoas diferentes, não tenho dúvidas. Tenho dúvidas sim, e muitas, no que diz respeito a qualquer coisa semelhante a uma alternativa credível às políticas seguidas por PSD e CDS, quer de um, quer de outro. De resto, nem tão-pouco acredito que qualquer alternativa possa vir dos partidos do chamado arco da governação. São partidos demasiado comprometidos com o poder económico e subjugados a esse poder; por outro lado, estes são partidos herméticos e avessos a qualquer mudança que possa incomodar esse poder económico. A promiscuidade entre poder político e poder económico caracterizam estes partidos, consequentemente as pretensas alternativas são meros paliativos que nada resolvem.
Entretanto, assistiremos durante mais três meses a querelas internas no PS, querelas que o enfraquecem e que se sobrepõem a qualquer discussão ideológica. O que se viu em Ermesinde, com António Costa a ser alvo de vitupérios, é uma pequena amostra da política no seu melhor, perdão, no seu pior: quezílias sobre pessoas, ausência de ideias, lugares cobiçados, nada mais do que isto.
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