Há
um facto de difícil refutação que sai das eleições europeias:
foram poucos os vencedores destas eleições.
No
caso nacional, registam-se dois: Marinho Pinto e por arrasto o
Movimento Partido da Terra e a CDU. Marinho Pinto, sem grande
esforço, conseguiu que o partido que escolheu ultrapassasse partidos
como o Bloco de Esquerda e a CDU vê a sua votação aumentar,
consolidando o lugar de terceira força política em Portugal.
No
resto da Europa ganhou a retórica que põe em causa a própria UE.
Eurocépticos, extrema-direita, uns sem quaisquer subterfúgios,
outros nem tanto.
São
estes os vencedores de uma eleição que fica novamente marcada pelo
afastamento crescente de eleitores e representantes políticos; de
cidadãos europeus e as suas instituições. Todos os outros saíram
derrotados destas eleições, mesmo que tudo façam para escamotear
esse facto, sobretudo os partidos que têm apoiado e executado as
políticas de austeridade.
De
resto, e como tem sido habitual, ignoram-se os resultados, os sinais
e o descontentamento. A farsa chamada União Europeia continua.
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