Há imagens que ficam para a
posteridade, sobretudo em período eleitoral. Nuno Melo e a garrafa
de champanhe será inquestionavelmente uma delas. A dupla Rangel/Melo
anda pelo país numa tentativa de glorificar os pretensos feitos do
PSD/CDS, designadamente a saída da troika. Será por altura da saída
da troika que Nuno Melo abrirá a garrafa erguida em jeito de
vitória.
O ridículo não mata. Se
assim fosse, teríamos duas baixas de peso.
Rangel e Melo procuram
enaltecer os feitos do Governo e de um “grande povo” sacrificado,
mas que ultrapassou as dificuldades. A troika vai mesmo embora?
Durante quanto tempo Portugal manter-se-á na qualidade de
protectorado, recorrendo a um epíteto tão do agrado de Paulo Portas?
Décadas.
Não há razões para festejos
e para garrafas de champanhe. O país está mais pobre e o futuro
avizinha-se intrincado e exíguo.
Nestas circunstâncias, o
populismo vai fazendo o seu caminho. Na verdade, nada mais resta.
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