Dia
25 de Maio os cidadãos europeus são chamados às urnas. Está em
causa o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia.
O
debate em Portugal foi quase inexistente, e quanto mais os partidos
se posicionam no chamado “arco de governação”, menos debate e
menos substância; de resto percebe-se com total clareza que estes
partidos estão interessados em tudo menos numa discussão sobre a
Europa. Trata-se de um inexorável vazio.
Posto
isto, percebe-se que quanto menos se discutir a Europa, melhor. Com
efeito, uma discussão séria sobre o rumo seguido poria a nu a
vertiginosa aproximação entre os três partidos que têm governado
Portugal nos últimos quarenta anos e cuja preponderância nas
escolhas europeias tem sido naturalmente elevada.
É
preferível o vazio. Deste modo, as semelhanças entre os partidos do
“arco de governação” são incontornáveis; estes partidos vão
fingindo ser diferentes no essencial, quando na verdade apoiam as
decisões estruturais europeias dos últimos anos.
A
mudança faz-se de diferentes formas. Mas também se faz nas urnas. A
abstenção e outros subterfúgios em nada contribuem para uma
mudança tão necessária à Europa, com imediatas e naturais
consequências para o nosso país.
Importa
ultrapassar o vazio imposto e apostar na mudança, deixando cair de
uma vez por todas a persistência no erro.
Comentários