Passos Coelho apelou ontem a que
os portugueses não tenham amnésia no próximo domingo. Esta é uma das
raras vezes em que me vejo forçada a perfilhar a opinião do
primeiro-ministro. O apelo de Passos Coelho faz todo o sentido, ora
vejamos:
Importa que os portugueses não esqueçam o chumbo do PEC IV na anterior legislatura, factor que desencadeou a solução "assistência externa", vigiada pela famigerada troika. Importa que os portugueses não esqueçam quem foram os responsáveis por esse chumbo e que os principais Estados-membros da UE tinham preferência numa solução diferente (menos gravosa) do que a já referida "assistência externa". Seguramente Passos Coelho e Paulo Portas recordam-se das suas responsabilidades.
Importa que os portugueses não esqueçam o imperativo deste Governo, designadamente o empobrecimento dos cidadãos. Será essencial que os cidadãos não ignorem as desigualdades sociais que cresceram nos últimos três anos.
Seria igualmente interessante que os cidadãos não esquecessem os cortes salarais, cortes nas pensões e acentuado desinvestimento no Estado Social.
Por outro lado, espera-se que os cidadãos recordem a venda abrupta e sem sentido de sectores estratégicos do país, venda essa que em nada contribuiu para a descida da dívida que se aproxima vertiginosamente dos 130 por cento do PIB. Neste particular, talvez os portugueses se recordem do aumento exponencial da dívida nestes últimos três anos.
Espera-se ainda que os portugueses não esqueçam a desvalorização salarial, o aumento da precariedade do emprego, o empobrecimento de quem trabalha, enquanto se propagandeia trabalho no McDonalds e call centers.
É expectável também que os cidadãos se recordem da saída de tantos portugueses, a convite do próprio primeiro-ministro, enquanto se assiste a um desinvestimento irracional na área da ciência e da investigação.
Importa também recordar as palavras do primeiro-ministro no sentido de ir mais longe do que a troika ou a mudança de sentido de palavras como "irrevogável".
Em suma, Passos Coelho tem toda a razão quando apela aos portugueses para que não tenham amnésia. Palavras certeiras.
Importa que os portugueses não esqueçam o chumbo do PEC IV na anterior legislatura, factor que desencadeou a solução "assistência externa", vigiada pela famigerada troika. Importa que os portugueses não esqueçam quem foram os responsáveis por esse chumbo e que os principais Estados-membros da UE tinham preferência numa solução diferente (menos gravosa) do que a já referida "assistência externa". Seguramente Passos Coelho e Paulo Portas recordam-se das suas responsabilidades.
Importa que os portugueses não esqueçam o imperativo deste Governo, designadamente o empobrecimento dos cidadãos. Será essencial que os cidadãos não ignorem as desigualdades sociais que cresceram nos últimos três anos.
Seria igualmente interessante que os cidadãos não esquecessem os cortes salarais, cortes nas pensões e acentuado desinvestimento no Estado Social.
Por outro lado, espera-se que os cidadãos recordem a venda abrupta e sem sentido de sectores estratégicos do país, venda essa que em nada contribuiu para a descida da dívida que se aproxima vertiginosamente dos 130 por cento do PIB. Neste particular, talvez os portugueses se recordem do aumento exponencial da dívida nestes últimos três anos.
Espera-se ainda que os portugueses não esqueçam a desvalorização salarial, o aumento da precariedade do emprego, o empobrecimento de quem trabalha, enquanto se propagandeia trabalho no McDonalds e call centers.
É expectável também que os cidadãos se recordem da saída de tantos portugueses, a convite do próprio primeiro-ministro, enquanto se assiste a um desinvestimento irracional na área da ciência e da investigação.
Importa também recordar as palavras do primeiro-ministro no sentido de ir mais longe do que a troika ou a mudança de sentido de palavras como "irrevogável".
Em suma, Passos Coelho tem toda a razão quando apela aos portugueses para que não tenham amnésia. Palavras certeiras.
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