Em pleno período eleitoral,
registam-se dois factos marcantes, não só neste período eleitoral
propriamente dito, como noutros períodos eleitorais, como é o
caso das eleições legislativas: dois/três partidos contam com as
atenções da comunicação social; entre esses partidos as
alternativas padecem de uma exiguidade exasperante.
Com efeito, entre PSD, CDS e
PS – no plano das políticas europeias e não só – não se
vislumbram ideias dissemelhantes. E os líderes partidários, à
semelhança dos cabeça de lista de cada partido, nem se esforçam
para provar o contrário. PSD e CDS encontram-se, no essencial, em
sintonia; PS acaba por titubear sempre que procura demonstrar que
tem, algures no seu ideário, alguma coisa remotamente semelhante a
uma alternativa.
O melhor exemplo da sintonia
que reina entre estes três partidos é a questão do tratado
orçamental.
A comunicação social
continuará a discutir tudo menos a Europa, ao mesmo tempo que finge
a existência de apenas três partidos – os partidos cujo discurso se
tornou paradoxalmente confortável.
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