Numa iniciativa inaudita várias personalidades de direita
e de esquerda apelam à reestruturação da dívida portuguesa, por eles
considerada insustentável.
Manuela Ferreira Leite, Adriano Moreira, João Cravinho e Francisco Louça são apenas algumas das personalidades que assinaram o manifesto.
A necessidade de reestruturação da dívida já havia sido avançada no passado. Quem ousou sugerir essa necessidade foi rotulado de radical e irreal. Essas eram ideias de uma esquerda mais radical que acreditava na impossibilidade de conciliar crescimento económico e níveis cavalares de austeridade. E mesmo com crescimento económico, esse crescimento teria de atingir níveis inéditos para que a dívida atingisse alguma sustentabilidade.
Manuela Ferreira Leite, Adriano Moreira, João Cravinho e Francisco Louça são apenas algumas das personalidades que assinaram o manifesto.
A necessidade de reestruturação da dívida já havia sido avançada no passado. Quem ousou sugerir essa necessidade foi rotulado de radical e irreal. Essas eram ideias de uma esquerda mais radical que acreditava na impossibilidade de conciliar crescimento económico e níveis cavalares de austeridade. E mesmo com crescimento económico, esse crescimento teria de atingir níveis inéditos para que a dívida atingisse alguma sustentabilidade.
Fala-se
reiteradamente de consenso e de facto começa a verificar-se um consenso
em torno do inexorável falhanço da política de austeridade que se
perpetuará por décadas. Esse é o consenso que existe, um consenso que
escapa ao Executivo de Passos Coelho; um consenso ignorado pelas
instâncias europeias comandadas pela Alemanha.
No
manifesto é feita uma referência ao perdão e à reestruturação da dívida
alemã, facto que deu à Alemanha as condições para atingir o seu
famigerado milagre económico. É sempre importante ter presente alguns factos históricos.
Hoje,
a necessidade de reestruturar uma dívida absolutamente insustentável é
sublinhada por personalidades da direita à esquerda. Mudam-se os tempos,
mudam-se as vontades.
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