Depois de 70 personalidades assinarem um
manifesto que sublinha a impossibilidade de pagamento da dívida e enfatiza a
necessidade da mesma ser reestruturada, agora é a vez de mais 74
economistas estrangeiros advogarem, em manifesto, essencialmente o
mesmo.
Este novo manifesto, muito semelhante ao subscrito
por personalidades portuguesas de vários quadrantes políticos, vem
reiterar a necessidade de Portugal reestruturar a dívida no sentido de
conseguir melhores taxas de juro e prazos mais alargados para que deste
modo consiga remotar o caminho do crescimento e da criação de emprego.
Aguardamos
agora a reação do primeiro-ministro português. Aguardamos para ver se
também considera estes economistas irresponsáveis na medida em que este
não é o tempo para se abordar o tema da reestruração. A ver vamos se os
mercados, tal como o primeiro-ministro afirma, vão castigar-nos porque
alguém ousou referir a necessidade de "reestruturação".
Talvez
fosse conveniente ao primeiro-ministro Passos Coelho enviar uma
mensagem aos 74 economistas estrangeiros (muitos com cargos de relevo no
FMI) no sentido da contenção. Cuidado, os mercados estão a ouvir e assim Passos Coelho não dorme.
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