Cavaco Silva, nos seus roteiros, alerta para a necessidade de Portugal passar mais vinte anos sob vigilância externa, como se essa mesma vigilância constituísse uma espécie de protecção.
Nada de novo, portanto. Já se sabe que dívida é escravatura, sobretudo quando essa dívida atinge as dimensõe conhecidas, continuando a recrudescer.
A análise do Presidente da República não causam espanto: o sucesso do programa (?), a necessidade de um segunto resgate, perdão, de um programa cautelar, a necessidade de total subjugação do país às instituições externas e, claro está, que essa subjugação leve tanto tempo quanto possível.
Consequentemente, não há nada nos capítulos que o Expresso deu a conhecer que cause qualquer espanto - todas as medidas, incluíndo as mais socialmente iniquas, levadas a cabo pelo Executivo de Passos Coelho, contaram com o aval do Presidente.
Não sei como Cavaco Silva pretende ficar na História do país, mas aposto que a imagem deixada não será a mais favorável: subserviência, inacção, manobras insidiosas e desprezo pelos cidadãos poderão ser palavras encontradas nas páginas dos livros de História das próximas décadas. Certo é que o país não aguenta mais vinte anos de "tutela externa"; mais vinte anos no inferno.
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