Escrever todos os dias não é fácil, sobretudo quando se escreve
sobre o país. Não raras vezes sentimos que o esforço é infrutífero, que
não passamos a ideia central e que nos perdemos em detalhes sem grande
importância. Sentimos, de um modo geral, que o exercício diário,
precisamente por ser reiterado, vai perdendo a sua força. O nosso maior
receio acaba por ser não passar a ideia central que norteia o
fundamento do que escrevemos - textos de opinião é certo, mas que
procuramos sempre fundamentar.
A ideia central, o cerne da questão, é a que se prende com o rumo escolhido, em particular nos últimos anos. Esse rumo, primeiro foi escolhido pelo centrão, hoje é levado a cabo com muito maior intensidade por um Governo que não se coíbe de mostrar as suas garras neoliberais.
Contrariamente ao que o líder da bancada parlamentar do PSD disse há tão pouco tempo, o país não está bem, não são apenas as pessoas que não estão bem. O rumo seguido é do empobrecimento e da escravatura da dívida. Não é mais do que isto. Um rumo que beneficia apenas alguns, os mesmos que pretendem perpetuar a escravatura da dívida, o enfraquecimento do Estado Social, os mesmos que promovem a desvalorização social e que potenciam a precariedade laboral.
Dir-se-á, como de resto tem sido dito até à exaustão que não há alternativas. Nem haverá, tanto mais que quem tem o domínio do espaço público - comunicação social - não aceita que quaisquer alternativas sejam discutidas. Culpabiliza-se e expurga-se o pecado através do empobrecimento.
Escrever todos os dias não é fácil, sobretudo quando se escreve sobre um país refém do pensamento único e dominado pela promiscuidade entre poder político e poder económico, entre poder político e comunicação social. Ainda assim, insiste-se. Desistir seria mais talvez mais confortável, mas por aqui não é opção.
A ideia central, o cerne da questão, é a que se prende com o rumo escolhido, em particular nos últimos anos. Esse rumo, primeiro foi escolhido pelo centrão, hoje é levado a cabo com muito maior intensidade por um Governo que não se coíbe de mostrar as suas garras neoliberais.
Contrariamente ao que o líder da bancada parlamentar do PSD disse há tão pouco tempo, o país não está bem, não são apenas as pessoas que não estão bem. O rumo seguido é do empobrecimento e da escravatura da dívida. Não é mais do que isto. Um rumo que beneficia apenas alguns, os mesmos que pretendem perpetuar a escravatura da dívida, o enfraquecimento do Estado Social, os mesmos que promovem a desvalorização social e que potenciam a precariedade laboral.
Dir-se-á, como de resto tem sido dito até à exaustão que não há alternativas. Nem haverá, tanto mais que quem tem o domínio do espaço público - comunicação social - não aceita que quaisquer alternativas sejam discutidas. Culpabiliza-se e expurga-se o pecado através do empobrecimento.
Escrever todos os dias não é fácil, sobretudo quando se escreve sobre um país refém do pensamento único e dominado pela promiscuidade entre poder político e poder económico, entre poder político e comunicação social. Ainda assim, insiste-se. Desistir seria mais talvez mais confortável, mas por aqui não é opção.
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