No tempo do outro senhor primeiro-ministro o
país vivia um período de "asfixia democrática" - palavras de Manuela
Ferreira Leite, a mesma pessoa que sugeriu uma "suspensão da
democracia", a mesma pessoa que hoje tece severas críticas ao actual
primeiro-ministro.
No tempo do outro senhor primeiro-ministro, o país vivia assolado por uma onda de condicionamento da liberdade de expressão e da pluralidade de opinião. Muitos teciam críticas, os mesmos que hoje se remetem ao silêncio.
No tempo do actual primeiro-ministro são feitas pressões para que órgãos sob a tutela do Estado não emitam e publicitem os seus relatórios (ver notícia do Público), vende-se património do Estado sem apelo nem agravo, decide-se sob o pretexto de um estado de excepção sem sequer se prestar quaisquer esclarecimento aos cidadãos.
No tempo do actual primeiro-ministro o seu o seu partido vive muito longe da liberdade plena.
No tempo do actual primeiro-ministro o desprezo pelos cidadãos é gritante, agindo os membros deste Governo como um conjunto de iluminados que, a prestarem algum esclarecimento, será às instituições europeias, à Alemanha e ao FMI. O resto, o cidadão, é secundário, para não ir mais longe.
Os tempos do outro senhor primeiro-ministro foram marcados pela chico-espertice, por alguma megalomania e pela insensatez. Os tempos do actual primeiro-ministros são marcados pelo empobrecimento da maior parte dos cidadãos, pelo enriquecimento da casta do costume e por um desprezo sem precedentes pelos cidadãos. A isto acresce a convivência sempre difícil com a democracia - uma democracia que implica sempre uma cidadania activa que por estas paragens anda na rua da amargura para gáudio dos senhores que estão no poder.
No tempo do outro senhor primeiro-ministro, o país vivia assolado por uma onda de condicionamento da liberdade de expressão e da pluralidade de opinião. Muitos teciam críticas, os mesmos que hoje se remetem ao silêncio.
No tempo do actual primeiro-ministro são feitas pressões para que órgãos sob a tutela do Estado não emitam e publicitem os seus relatórios (ver notícia do Público), vende-se património do Estado sem apelo nem agravo, decide-se sob o pretexto de um estado de excepção sem sequer se prestar quaisquer esclarecimento aos cidadãos.
No tempo do actual primeiro-ministro o seu o seu partido vive muito longe da liberdade plena.
No tempo do actual primeiro-ministro o desprezo pelos cidadãos é gritante, agindo os membros deste Governo como um conjunto de iluminados que, a prestarem algum esclarecimento, será às instituições europeias, à Alemanha e ao FMI. O resto, o cidadão, é secundário, para não ir mais longe.
Os tempos do outro senhor primeiro-ministro foram marcados pela chico-espertice, por alguma megalomania e pela insensatez. Os tempos do actual primeiro-ministros são marcados pelo empobrecimento da maior parte dos cidadãos, pelo enriquecimento da casta do costume e por um desprezo sem precedentes pelos cidadãos. A isto acresce a convivência sempre difícil com a democracia - uma democracia que implica sempre uma cidadania activa que por estas paragens anda na rua da amargura para gáudio dos senhores que estão no poder.
Comentários
Creio, porém, que a "asfixia democrática" é do inefável Paulo Rangel.
E, já agora, Manuel Ferreira Leite não sugeriu tal; comunicacionalmente canhestra (o que, para mim, nem é um grande defeito), a senhora levantou a hipótese para de imediato dizer que não era isso que se pretendia.
O jornalismo analfabeto, em especial o das televisões -- o mais analfabeto e imbecil -- é que se aproveitou da primeira parte, sem referir a segunda (compreende-se: tirava o efeito sensacionalista à coisa), no que foi naturalmente aproveitado pelos adversários políticos de então e depois papagueado pela bicharada do costume.