Maio é mês de eleições, desta feita eleições para o Parlamento
Europeu. Segundo uma sondagem da Pollwatch, o centro-esquerda lidera as
intenções de voto com uma ligeira vantagem.
Este
resultado, a confirmar-se em Maio, prende-se indubitavelmente com o
descontantamento do eleitorado relativamente à forma como a direita tem
lidado com a crise. Porém, esse descontentamento beneficia também os
partidos de extrema-direita e euro-cépticos, como é o caso da Frente
Nacional em França e o UKIP no Reino Unido, partido que se posiciona
contra a Europa.
Por outro lado, a abstenção poderá muito
bem ser a grande vencedora destas eleições, tanto mais que o afastamento
entre cidadãos e classe política (boa parte dela comprometida com
interesses que não se coadunam com os interesses dos cidadãos) é cada
vez mais significativa.
Finalmente, importa referir que
estas eleições têm uma importância acrescida na precisa medida em que
são determinantes - desde o Tratado de Lisboa - para a escolha do
Presidente da Comissão Europeia, escolha essa levada a cabo pelo
Parlamento Europeu.
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