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Dinheiro e educação

O Estado apenas investe no ensino superior 0,3 por cento do PIB; há cada vez menos alunos com capacidades económicas para estudar; o CDS não recusa a possibilidade de discutir a extensão do ensino obrigatório até aos 12 anos de escolaridade.
O dinheiro e a educação andam cada vez mais de mãos dadas, como de resto, a saúde e o dinheiro, a velhice e o dinheiro, etc. Ou dito por outras palavras, o Estado desinveste, deixando nas mãos dos cidadãos a tarefa onerosa de suportar custos com serviços que outrora pertencia, quase em exclusivo, à esfera pública. Quem ganha? Os sectores privados que encontram excelentes oportunidades de negócio. Quem perde? Os cidadãos, obrigados a suportar uma "enorme" carga fiscal a par do enfraquecimento dos serviços públicos e o país que volta a conhecer o sabor do subdesenvolvimento.
Na educação, no ensino superior e na ciência o desenvestimento custará caro ao país; precisamente um país que vê os seus melhores partirem rumo a outros destinos; um país que conhece um desemprego jovem recordista; um país envelhecido, pouco acolhedor e sem futuro.

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