O FMI reconhece novamente erros cometidos nos programas de ajustamento. Segundo Christine Lagarde, Portugal e Grécia deveriam ter tido mais tempo. Ainda assim e até porque os erros não são assunto para amplo debate, a directora-geral do FMI considera que a Europa está no bom caminho.
Existe uma multiplicidade de patologias que justificam este género de paradoxos. Não sei se a senhora padecerá de alguma dessas patologias. O radicalismo inerente à ideologia de que estes senhores se servem pode tornar-se, a par de outros radicalismos, numa doença.
Na Europa o reconhecimento dos erros é exercício de grande dificuldade. A respostas dos responsáveis das principais instituições europeias é invariavelmente a mesma: a receita é para continuar.
E agora Passos Coelho? Não se incomode, eu respondo por V. Exa: agora nada. A cegueira ideológica e uma inusitada mediocridade que norteia a sua governação não permite que V. Exa tenha a capacidade de reconhecer erros e agir em conformidade.
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