Ontem o país assistiu a mais um rescaldo da já
habitual auto-avaliação da troika. Outro facto recorrente prende-se com as
inquietações da missão relativamente a um eventual chumbo de medidas
pelo Tribunal Constitucional.
Paulo Portas, incumbido de dar as boas novas relativas ao sucesso do programa de ajustamento, procura a todo o custo tirar proveito das poucas e anódinas boas notícias dos últimos tempos.
Já por aqui se escreveu que este é o tempo das boas notícias: os números do desemprego; o aumento das exportações; o crescimento económico; as auto-avaliações positivas da troika. Os partidos que formam a coligação de governo precisam de boas notícias que justifiquem os pesados sacríficios exigidos aos cidadãos. Nem todos estão "lixando-se" para eleições.
Paralelamente, seria interessante conseguir-se mais quatro anos para consolidar as transformações na sociedade portuguesa: as privatizações ainda não estão fechadas; o sector público ainda tem muito para oferecer ao sector privado; a desvalorização salarial ainda pode ter algum caminho a precorrer.
Todavia, Mário Draghi afirma que as coisas poderão não ser assim tão simples quanto parecem. Depois do Governo português procurar colar-se ao exemplo irlandês, a ideia de um qualquer programa "cautelar" começava a perder força. Em alguns círculos alimentou-se mesmo a ideia de que Portugal poderia seguir o exemplo da Irlanda, sem recurso a mais ajudas. Draghi diz não ser bem assim,
De qualquer modo, e durante os próximos meses, pelo menos até se conhecer o desfecho do programa de ajuda, as boas notícias serão profusas, artificiais ou anódinas, mas profusas.
Paulo Portas, incumbido de dar as boas novas relativas ao sucesso do programa de ajustamento, procura a todo o custo tirar proveito das poucas e anódinas boas notícias dos últimos tempos.
Já por aqui se escreveu que este é o tempo das boas notícias: os números do desemprego; o aumento das exportações; o crescimento económico; as auto-avaliações positivas da troika. Os partidos que formam a coligação de governo precisam de boas notícias que justifiquem os pesados sacríficios exigidos aos cidadãos. Nem todos estão "lixando-se" para eleições.
Paralelamente, seria interessante conseguir-se mais quatro anos para consolidar as transformações na sociedade portuguesa: as privatizações ainda não estão fechadas; o sector público ainda tem muito para oferecer ao sector privado; a desvalorização salarial ainda pode ter algum caminho a precorrer.
Todavia, Mário Draghi afirma que as coisas poderão não ser assim tão simples quanto parecem. Depois do Governo português procurar colar-se ao exemplo irlandês, a ideia de um qualquer programa "cautelar" começava a perder força. Em alguns círculos alimentou-se mesmo a ideia de que Portugal poderia seguir o exemplo da Irlanda, sem recurso a mais ajudas. Draghi diz não ser bem assim,
De qualquer modo, e durante os próximos meses, pelo menos até se conhecer o desfecho do programa de ajuda, as boas notícias serão profusas, artificiais ou anódinas, mas profusas.
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