Triste. O espectáculo de ontem na RTP1 não merece
outro adjectivo. Um programa, um primeiro-ministro, um país na miséria,
um conjunto de perguntas incipientes, um triste exercício.
Já conhecíamos o sermão de Santo António aos peixes e começamos a
conhecer o sermão de Passos Coelho aos moluscos, sem pretender ofender
quem se prestou ao exercício de ontem.
Passos Coelho repete até à exaustão o famoso acrónimo utilizado noutros tempos e noutros contextos: TINA (There is no alternative) e disto não passamos. Lamento apenas que quando Passos Coelho criticou os dinheiros públicos gastos com empresas sem viabilidade, ninguém tenha ousado referir o seu tão conhecido exemplo da Tecnoforma.
Triste. Tão triste quando se perceber que se empobrece milhões de pessoas para salvar um sector cuja viabilidade social é, no mínimo, duvidosa e que tem os seus dias contados1, Passos Coelho será o último a percebê-lo. Triste.
1 - (a conjectura é de Mark Blyth e merece reflexão).
Passos Coelho repete até à exaustão o famoso acrónimo utilizado noutros tempos e noutros contextos: TINA (There is no alternative) e disto não passamos. Lamento apenas que quando Passos Coelho criticou os dinheiros públicos gastos com empresas sem viabilidade, ninguém tenha ousado referir o seu tão conhecido exemplo da Tecnoforma.
Triste. Tão triste quando se perceber que se empobrece milhões de pessoas para salvar um sector cuja viabilidade social é, no mínimo, duvidosa e que tem os seus dias contados1, Passos Coelho será o último a percebê-lo. Triste.
1 - (a conjectura é de Mark Blyth e merece reflexão).
Comentários