Às medidas de 2013, muitas delas alegadamente de natureza temporária, somam-se
novas medidas que conferem à austeridade uma dimensão incomensurável,
com consequências desastrosas.
Cortes nos salários dos
funcionários públicos, cortes nas pensões, na saúde, educação (500
milhões), associados a um alívio fiscal em sede de IRC, mantendo-se
isenções fiscais inadmissíveis, aliviando-se, do ponto de vista fiscal,
também que tem rendimentos acima dos 80 mil euros, são algumas medidas
que dizem muito sobre as prioridades do Governo. Acresce a estas
medidas, um novo aumento de (alguns) impostos, entre eles o referido
aumento do imposto extraordinário sobre o sector bancário - uma perfeita
ilusão se observarmos atentamente os benefícios e isenções que
privilegiam este sector. Importa não esquecer o corte de perto de 100
milhões na área da justiça.
Ainda acerca de prioridades e da mais do que gasta tese da inevitabilidade, o que dizer das perdas potenciais em swaps do Santander - 1100 milhões - para 2014 e sobre a duplicação, também para o ano de 2014, com os custos das PPP's?
Ainda acerca de prioridades e da mais do que gasta tese da inevitabilidade, o que dizer das perdas potenciais em swaps do Santander - 1100 milhões - para 2014 e sobre a duplicação, também para o ano de 2014, com os custos das PPP's?
Não
pretendendo arrogar o papel de profeta da desgraça, é difícil perceber como a
repetição desta receita falhada pode produzir quaisquer resultados
positivos para as metas a que o país se propõe cumprir.
Quanto às vítimas desta receita, são conhecidas: essencialmente uma classe média que de média já tem muito pouco.
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