Dizem-me
que só há uma caminho seguro. Quantos aos outros caminhos... falam-me
do imponderável, do que não se pode prever, como se as previsões deles
tivessem algum rigor.
Dizem-me que vivi acima das minhas possibilidades...
Dizem-me para me sentir culpada...
Culpada sim! Dívida é culpa...
Dizem-me que tenho de pagar.
- O quê?
- A dívida.
- Qual?
- Toda.
- Mas de que dívida é que estamos a falar?
- A que resultou do facto de teres vivido acima das possibilidades.
- Mas eu....
- Não interessa. O outro, o que regressou de Paris, é culpado, mas tu também és.
Dizem-me para aceitar o retrocesso, a miséria e até a fome, imagine-se!
Dizem-me que a democracia não tem uma dimensão social...
Dizem-me que não há alternativa... e se por mero acaso houvesse... falam-me do imponderável, do inevitável, da insustentabilidade e da competitividade...
Fazem-me acreditar que o futuro não existe, que é coisa do passado...
Impingem-me verdades absolutas...
Já nem se esforçam na mentira, já nem procuram alimentar a ideia de que vai tudo valer a pena...
Querem-me pacífica, resignada...
Querem que esqueça o significado da palavra "resistir"....
Amanhã, dia 26 de Outubro, volto a dar a minha resposta: não aceito, não cruzo os braços, não me vergo nem tão-pouco tenho medo do imponderável. Lutarei.
Dizem-me que vivi acima das minhas possibilidades...
Dizem-me para me sentir culpada...
Culpada sim! Dívida é culpa...
Dizem-me que tenho de pagar.
- O quê?
- A dívida.
- Qual?
- Toda.
- Mas de que dívida é que estamos a falar?
- A que resultou do facto de teres vivido acima das possibilidades.
- Mas eu....
- Não interessa. O outro, o que regressou de Paris, é culpado, mas tu também és.
Dizem-me para aceitar o retrocesso, a miséria e até a fome, imagine-se!
Dizem-me que a democracia não tem uma dimensão social...
Dizem-me que não há alternativa... e se por mero acaso houvesse... falam-me do imponderável, do inevitável, da insustentabilidade e da competitividade...
Fazem-me acreditar que o futuro não existe, que é coisa do passado...
Impingem-me verdades absolutas...
Já nem se esforçam na mentira, já nem procuram alimentar a ideia de que vai tudo valer a pena...
Querem-me pacífica, resignada...
Querem que esqueça o significado da palavra "resistir"....
Amanhã, dia 26 de Outubro, volto a dar a minha resposta: não aceito, não cruzo os braços, não me vergo nem tão-pouco tenho medo do imponderável. Lutarei.
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