Foi aprovada, em conselho de ministros, a
medida que prevê cortes nas pensões dos antigos funcionários públicos.
Pensões acima de 600 euros sofrerão um corte de 10 por cento.
A medida contém em si mesma, sobretudo no que diz respeito ao seu carácter retroactivo, uma injustiça que merece ser combatida.
É claro que a medida afecta algumas dezenas de milhares de pensionistas, deixando de lado, pelo menos por enquanto, os reformados do sector privado. É claro que num país inerte e dominado pela pequenez e pela exiguidade das existências, esta medida que afecta quem se encontra numa posição periclitante e sem margem de manobra para encontrar soluções ao corte nos seus rendimentos poderá não causar uma inquietação generalizada. Sendo certo que não se pode esperar que alguém com setenta, oitenta ou noventa anos encontre outras fontes de rendimento.
A injustiça também se prende com o compromisso assumido entre Estado e pensionista. Em sentido diametralmente oposto observa-se um rigoroso cumprimento dos compromissos assumidos com o sector financeiro e a as empresas monopolistas, mesmo os mais abjectos.
Também seria interessante atentar à forma como os sistemas de pensões tem vindo a ser geridos nos últimos anos, com inclusões desastrosas de fundos de pensões dos bancários ou de ex-funcionários da PT a engrossar as dificuldades dos sistemas públicos (desonerando as respectivas empresas) ou à aplicação de contribuições da Segurança Social e até da Caixa Geral de Aposentações em movimentos de risco duvidoso. Resta também saber se terá havido movimentações menos transparentes de fundos destes sistemas.
Insiste-se em relembrar a existência de eleições em escassas semanas e na oportunidade que essas mesmas eleições representam.
A medida contém em si mesma, sobretudo no que diz respeito ao seu carácter retroactivo, uma injustiça que merece ser combatida.
É claro que a medida afecta algumas dezenas de milhares de pensionistas, deixando de lado, pelo menos por enquanto, os reformados do sector privado. É claro que num país inerte e dominado pela pequenez e pela exiguidade das existências, esta medida que afecta quem se encontra numa posição periclitante e sem margem de manobra para encontrar soluções ao corte nos seus rendimentos poderá não causar uma inquietação generalizada. Sendo certo que não se pode esperar que alguém com setenta, oitenta ou noventa anos encontre outras fontes de rendimento.
A injustiça também se prende com o compromisso assumido entre Estado e pensionista. Em sentido diametralmente oposto observa-se um rigoroso cumprimento dos compromissos assumidos com o sector financeiro e a as empresas monopolistas, mesmo os mais abjectos.
Também seria interessante atentar à forma como os sistemas de pensões tem vindo a ser geridos nos últimos anos, com inclusões desastrosas de fundos de pensões dos bancários ou de ex-funcionários da PT a engrossar as dificuldades dos sistemas públicos (desonerando as respectivas empresas) ou à aplicação de contribuições da Segurança Social e até da Caixa Geral de Aposentações em movimentos de risco duvidoso. Resta também saber se terá havido movimentações menos transparentes de fundos destes sistemas.
Insiste-se em relembrar a existência de eleições em escassas semanas e na oportunidade que essas mesmas eleições representam.
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