Esta semana o INE anunciou uma redução da taxa de desemprego.
Este decréscimo é tímido e prende-se desde logo com a sazonalidade que
sempre contribui para a redução do número de desempregados.
Segundo o INE, tem-se registado uma destruição de postos de trabalho, afectando todos os escalões de rendimento. Todos excepto um: o escalão de rendimentos mais baixos, menos de 310 euros líquidos. Neste particular, verifica-se um aumento na ordem dos cinco por cento.
De facto, estes números não causam qualquer surpresa na precisa medida em que a elevadíssima taxa de desemprego dos últimos dois anos pressiona os salários para mínimos inauditos. Se a oferta de emprego é demasiado reduzida; se existe uma acentuada destruição de postos de trabalho, contribuindo assim para níveis de desemprego nunca vistos, os trabalhadores vêem-se forçados a aceitar condições salariais e condições de trabalho próprios de países de terceiro mundo.
Por outro lado, os níveis de precariedade e o emprego não declarado atingem dimensões pouco consonantes com o que se deseja para uma sociedade desenvolvida.
Em suma, hoje aceita-se quase tudo e o retrocesso social é um pormenor de somenos para quem dirige os destinos do país.
De resto, cumpre-se assim um dos desígnios do Governo de Passos Coelho e de Paulo Portas: a desvalorização salarial.
As férias, a praia, o sol, a eterna apatia, outras distracções e a descrença vão tornando os salários de 310 euros líquidos, a precariedade, o retrocesso social e a miséria possíveis.
Segundo o INE, tem-se registado uma destruição de postos de trabalho, afectando todos os escalões de rendimento. Todos excepto um: o escalão de rendimentos mais baixos, menos de 310 euros líquidos. Neste particular, verifica-se um aumento na ordem dos cinco por cento.
De facto, estes números não causam qualquer surpresa na precisa medida em que a elevadíssima taxa de desemprego dos últimos dois anos pressiona os salários para mínimos inauditos. Se a oferta de emprego é demasiado reduzida; se existe uma acentuada destruição de postos de trabalho, contribuindo assim para níveis de desemprego nunca vistos, os trabalhadores vêem-se forçados a aceitar condições salariais e condições de trabalho próprios de países de terceiro mundo.
Por outro lado, os níveis de precariedade e o emprego não declarado atingem dimensões pouco consonantes com o que se deseja para uma sociedade desenvolvida.
Em suma, hoje aceita-se quase tudo e o retrocesso social é um pormenor de somenos para quem dirige os destinos do país.
De resto, cumpre-se assim um dos desígnios do Governo de Passos Coelho e de Paulo Portas: a desvalorização salarial.
As férias, a praia, o sol, a eterna apatia, outras distracções e a descrença vão tornando os salários de 310 euros líquidos, a precariedade, o retrocesso social e a miséria possíveis.
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