Nos últimos dois anos tem vindo a ser notório o compromisso do Governo com determinados sectores da sociedade. Sem rodeios, é visível que o Governo está muito longe de se comprometer com os cidadãos. Ao invés, o Executivo de Passos Coelho mostra que o seu compromisso é, no essencial, com o sector financeiro e com algumas grandes empresas do regime, sobretudo as monopolistas.
O Compromisso do Governo com o sector financeiro revela-se quer através de escolhas para o Executivo - a demissão do secretário de Estado do Tesouro não chega sequer para atenuar a força desse compromisso -, quer através da prossecução de políticas extraordinariamente vantajosas para este sector.
Quanto ao compromisso com os cidadãos - os que em democracia elegem representantes políticos -, a história é incomensuravelmente diferente.
A redução de pensões a pagamento é um dos exemplos mais reveladores da ausência desse compromisso.
De resto, este Governo nunca escondeu com quem está comprometido. Demasiado comprometido, preferindo manter um compromisso com aqueles que estão na origem desta crise.
Na verdade, o Executivo de Passos Coelho sempre demonstrou de que lado é que está. Veja-se quem compõe o Executivo e atente-se nas suas políticas.
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