O mundo ficou surpreendido com a dimensão dos protestos no Brasil. Em bom rigor, até a própria classe política brasileira terá sido apanhada de surpresa.
Aparentemente os protestos tiveram como justificação um aumento no preço dos transportes públicos, mas à semelhança do que aconteceu na Turquia, a razão inicial que justificou o protesto deu lugar a uma miríade de outras razões.
No caso brasileiro, a corrupção da classe dirigente, as desigualdades sociais, a degradação dos serviços públicos de transportes, saúde e educação, a par da construção milionária de infra-estruturas para eventos desportivos, e a própria violência policial estão na linha da frente dos protestos.
Todavia, e contrariamente ao que se passa na Turquia, a Presidente Brasileira, Dilma Rousseff, procura uma solução pacifica, enquadrada no contexto democrático, isto apesar da repressão policial ter sido assinalável. Dilma Rousseff chegou mesmo a elogiar os manifestantes pacíficos, prometendo que levará em conta os motivos que levaram tanta gente à rua.
É provável que com uma postura mais compreensiva e dialogante, a Presidente consiga serenar os ânimos. Porém, é preciso não esquecer que as razões que levaram tantos brasileiros para as ruas não podem cair no esquecimento - é preciso encontrar caminhos e soluções - soluções que, na maior parte dos casos, levarão tempo a concretizar, mas que precisam de ser iniciadas.
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