Em alguns sectores de actividade económica as más práticas, invariavelmente lesivas para os consumidores, são profusas.
O ministério público chama a atenção para essas más práticas num site, sendo que esses abusos registam-se em ginásios, na banca (aposto que ninguém estava à espera que a banca entrasse nesta base de dados), seguradoras, agências de viagens.
A Associação Portuguesa de Direito do Consumo insiste para que se crie a Comissão das Clausulas Abusivas, com o objectivo de se multar as empresas que se julgam na impunidade.
As más práticas, os abusos, os contratos lesivos abundam em sectores como o sector da banca, o que torna tudo ainda mais caricato: a banca, directamente implicada na origem da crise, é sua grande responsável; os contribuintes são forçados a injectar quantidades obscenas de dinheiro nessa mesma banca; graças a esses excessos, os contribuintes voltam a pagar, desta vez com austeridade, assistindo a um retrocesso social que não cessa de medrar e, para concluir, ainda são penalizados com contratos lesivos, clausulas abusivas, informação incompleta e enviesada. Isto já para não falar do poder de influência que este sector de actividade tem nas decisões políticas, enfraquecendo e colocando em causa a própria democracia, na precisa medida em que o povo deixa de ser soberano, passando estes senhores a ter essa mesma soberania.
Ou alguém ainda acredita que o primeiro-ministro é representante do povo português?
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