A carga fiscal é consensualmente vista como excessiva, sobretudo
com o incremento dos últimos anos. Mesmo sendo essa carga fiscal
elevada, continuam a impingir-nos a ideia de que a vida como a
conhecemos tem de mudar.
Assim, dizem-nos que o Estado é
ineficiente; o Estado Social demasiado pesado; e que os trabalhadores
ainda auferem salários incompatíveis com as nossas possibilidades.
O
tema dos impostos é recorrente, mas hoje ganha nova visibilidade por se
tratar do dia em que os trabalhadores começam a trabalhar para si e não
para as Finanças.
À carga fiscal elevada,
acresce uma complexidade fiscal que inspiraria Kafka, e uma má
utilização das receitas (que em muitos impostos têm vindo a decrescer)
que continua a ser tacitamente aceite por muitos cidadãos.
Por
outro lado, importa lembrar as injustiças em matéria de tributação:
pouco se fala das isenções fiscais cuja receita para o Estado poderia
ajudar a resolver uma boa parte dos nossos problemas.
Nestas condições e apesar da elevada carga fiscal, os serviços públicos são constantemente subestimados por quem nos Governa, com a clara ambição de tornar o Estado exíguo. Com efeito, suporta-se uma elevada carga fiscal, não para suportar um Estado Social justo, mas antes para facilitar a vida a grandes empresas e à banca, que continuam a contar com isenções fiscais, e para pagar juros cada vez mais obscenos. O resto é para liquidar.
Nestas condições e apesar da elevada carga fiscal, os serviços públicos são constantemente subestimados por quem nos Governa, com a clara ambição de tornar o Estado exíguo. Com efeito, suporta-se uma elevada carga fiscal, não para suportar um Estado Social justo, mas antes para facilitar a vida a grandes empresas e à banca, que continuam a contar com isenções fiscais, e para pagar juros cada vez mais obscenos. O resto é para liquidar.
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