O primeiro-ministro voltou a brindar o país com mais medidas de
austeridade, visando novamente funcionários públicos e pensionistas.
Todo o discurso de Pedro Passos Coelho voltou a assentar na divisão. A
ideia é invariavelmente a mesma: tentativa de aproximar público do
privado; tentativa de uniformizar; tentativa de aproximar um sistema a
outro. Aparentemente são medidas de justiça.
O anterior primeiro-ministro e outros antes dele
utilizaram o mesmo recurso: dividir para reinar, passando a mensagem que
deste modo se acabará com as injustiças.
De qualquer
forma, o primeiro-ministro limitou-se a fazer o mesmo de sempre:
anunciar mais austeridade, isto não obstante os maus resultados até hoje
obtidos; não obstante todos os casos de insucesso. Com efeito, já não há muito mais a dizer sobre uma política
que tem destruído o país e nada mais.
O parceiro de
coligação, Paulo Portas, critica as medidas que atingem os reformados e pensionistas e
encontrou uma frase que contém em si a palavra "grisalho" para descrever
políticas negras. Paulo Portas não se pode dar ao luxo de desiludir ainda mais o seu
eleitorado.
O que dizer de mais austeridade? Não mais do
que aquilo que já se sabe: este Governo está empenhado em fragilizar
todas as funções do Estado; este Governo está comprometido com o
empobrecimento; este Governo está comprometido com o sector financeiro,
as grandes empresas e com os interesses do núcleo duro de Bruxelas.
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