Um ano depois de ter sido eleito, e
com a situação económica do país a agravar-se, o Presidente Francês,
François Hollande, manifesta as suas preocupações com o rumo da Europa,
sugerindo a criação de um governo económico europeu.
Com efeito, a economia francesa está a atravessar momentos de particular dificuldade. Os últimos dados dão indicação de que a economia francesa está em recessão, a taxa de desemprego já ultrapassa os dez por cento.
François Hollande sabe que uma recuperação da economia francesa é indissociável da própria Europa, sobretudo dos países que compõem a zona euro. Nesse sentido, Hollande sugere a criação do governo económico europeu que implicasse uma coordenação das políticas económicas, ignorando talvez que o problema não passa pela coordenação propriamente dita, mas essencialmente pela natureza das políticas; sugere ainda um plano para combater o desemprego jovem; e ainda a aposta numa estratégia de investimento.
Ora, todas estas questões fogem do essencial - a natureza das políticas económicas europeias, assentes no regime intergovernamental; assentes nas assimetrias cada vez mais gritantes entre Estados-membros e, sobretudo, assentes num Banco Central com poderes reduzidos, aparentemente independente, mas com inspirações alemãs.
De resto, sem uma mudança na filosofia do BCE (passando a ser independente sim, mas dos mercados); sem um orçamento comunitário digno desse nome; sem um banco de investimento, longe da configuração do BEI; sem um combate sério às assimetrias sociais entre Estados-membros; sem apoios ao investimento e à inovação; sem o regresso aos princípios de solidariedade que norteiam o projecto europeu; e, claro está, sem uma união política, os planos de Hollande são mais do mesmo, não resolvendo o essencial.
Resta dizer que a França perde terreno do ponto de vista económico, tal como perde terreno do ponto de vista da política europeia. Hoje é indiscutível que o eixo franco-alemão não tem a mesma força do passado recente, dando antes lugar à hegemonia alemã.
A situação francesa, a par da europeia, vai piorar se se insistir neste rumo político-económico. Todavia, as implicações da deterioração da economia francesa, com todas as consequências sociais associadas, terão outra magnitude, comparativamente com o que temos visto nos países que estão a ser alvo de intervenção e naqueles que, embora ainda não se encontrem sob a alçada da intervenção externa, atravessam dificuldades.
Com efeito, a economia francesa está a atravessar momentos de particular dificuldade. Os últimos dados dão indicação de que a economia francesa está em recessão, a taxa de desemprego já ultrapassa os dez por cento.
François Hollande sabe que uma recuperação da economia francesa é indissociável da própria Europa, sobretudo dos países que compõem a zona euro. Nesse sentido, Hollande sugere a criação do governo económico europeu que implicasse uma coordenação das políticas económicas, ignorando talvez que o problema não passa pela coordenação propriamente dita, mas essencialmente pela natureza das políticas; sugere ainda um plano para combater o desemprego jovem; e ainda a aposta numa estratégia de investimento.
Ora, todas estas questões fogem do essencial - a natureza das políticas económicas europeias, assentes no regime intergovernamental; assentes nas assimetrias cada vez mais gritantes entre Estados-membros e, sobretudo, assentes num Banco Central com poderes reduzidos, aparentemente independente, mas com inspirações alemãs.
De resto, sem uma mudança na filosofia do BCE (passando a ser independente sim, mas dos mercados); sem um orçamento comunitário digno desse nome; sem um banco de investimento, longe da configuração do BEI; sem um combate sério às assimetrias sociais entre Estados-membros; sem apoios ao investimento e à inovação; sem o regresso aos princípios de solidariedade que norteiam o projecto europeu; e, claro está, sem uma união política, os planos de Hollande são mais do mesmo, não resolvendo o essencial.
Resta dizer que a França perde terreno do ponto de vista económico, tal como perde terreno do ponto de vista da política europeia. Hoje é indiscutível que o eixo franco-alemão não tem a mesma força do passado recente, dando antes lugar à hegemonia alemã.
A situação francesa, a par da europeia, vai piorar se se insistir neste rumo político-económico. Todavia, as implicações da deterioração da economia francesa, com todas as consequências sociais associadas, terão outra magnitude, comparativamente com o que temos visto nos países que estão a ser alvo de intervenção e naqueles que, embora ainda não se encontrem sob a alçada da intervenção externa, atravessam dificuldades.
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