Amanhã comemora-se mais um 25 de Abril. A cada ano que passa cresce a sensação de que as promessas de Abril ficaram por cumprir.
O
retrocesso social imposto ao país, sobretudo nos últimos anos, traz à
colação essas mesmas promessas. O pacto social resultante da revolução
tem vindo a sofrer reveses, uns atrás dos outros.
É por demais evidente que o espírito de Abril não vive neste
Governo; aliás o espírito do Governo é diametralmente oposto ao espírito
de Abril.
Em vésperas do 25 de Abril, o Governo apresentou um programa de crescimento económico, adiando para
mais tarde o anúncio concreto de medidas que permitam compensar o chumbo
do Tribunal Constitucional, já para não esquecer do anúncio de medidas
que permitam uma poupança de quatro mil milhões de euros.
Contudo, o fantasma de mais austeridade paira sobre o país e ensombra as comemorações de mais um 25 de Abril.
Para
muitos o 25 de Abril ainda está por cumprir. Para Pedro Passos Coelho e
para os seus acólitos, o 25 de Abril é um feriado que se espera que
passe depressa, o mais indolor possível.
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