O regresso aos mercados previsto para hoje é pintado com as cores do
sucesso. Com efeito, o Governo de Passos Coelho e Vítor Gaspar precisam
de um sucesso que venha ao de cima num mar de fracassos.
Ora o regresso aos mercados, numa tentativa de agradar ao BCE - recorde-se que o BCE só compra títulos de dívida pública de países que estão efectivamente nos "mercados". As manobras de compra e venda de dívida pública envolvendo Estados-membros, BCE e banca privada continuam, como é do agrado da Alemanha, das instituições europeias e do inefável Vítor Gaspar.
Por outro lado, importa sublinhar que a austeridade continuará a fazer o seu caminho de destruição do país. Agora o argumento será: não podemos baixar os braços, depois de tanto sacrifício. É fundamental refundar-se o Estado. Há demasiados funcionários públicos, a escolas e hospitais custam demasiado dinheiro ao país. Os desempregados acomodam-se aos parcos subsídios de desemprego. Os reformados e pensionistas não descontaram aquilo que hoje recebem. E por aí fora.
De um modo geral, agora dir-se-á que Portugal portou-se exemplarmente, na medida em que conseguiu um regresso aos mercados - um sucesso, dir-se-á. Logo, seria profundamente errado abandonar-se a austeridade, correndo o risco de todos os sacrifícios terem sido em vão.
O regresso aos mercados está longe de significar o fim da austeridade, muito pelo contrário. Até porque a desvalorização salarial, a perda de direitos de trabalhadores, desempregados e pensionistas e o enfraquecimento do Estado Social são metas deste governo. Com ou sem acesso aos mercados.
Ora o regresso aos mercados, numa tentativa de agradar ao BCE - recorde-se que o BCE só compra títulos de dívida pública de países que estão efectivamente nos "mercados". As manobras de compra e venda de dívida pública envolvendo Estados-membros, BCE e banca privada continuam, como é do agrado da Alemanha, das instituições europeias e do inefável Vítor Gaspar.
Por outro lado, importa sublinhar que a austeridade continuará a fazer o seu caminho de destruição do país. Agora o argumento será: não podemos baixar os braços, depois de tanto sacrifício. É fundamental refundar-se o Estado. Há demasiados funcionários públicos, a escolas e hospitais custam demasiado dinheiro ao país. Os desempregados acomodam-se aos parcos subsídios de desemprego. Os reformados e pensionistas não descontaram aquilo que hoje recebem. E por aí fora.
De um modo geral, agora dir-se-á que Portugal portou-se exemplarmente, na medida em que conseguiu um regresso aos mercados - um sucesso, dir-se-á. Logo, seria profundamente errado abandonar-se a austeridade, correndo o risco de todos os sacrifícios terem sido em vão.
O regresso aos mercados está longe de significar o fim da austeridade, muito pelo contrário. Até porque a desvalorização salarial, a perda de direitos de trabalhadores, desempregados e pensionistas e o enfraquecimento do Estado Social são metas deste governo. Com ou sem acesso aos mercados.
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