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Conflito israelo-palestiniano

O conflito israelo-palestiniano volta a estar acesso, com o bombardeamento de Gaza e com a possibilidade de uma investida terrestre, depois de Israel ter sofrido o ataque de 500 rockets lançados contra as suas principais cidades.
Israel justifica a operação militar com os ataques sofridos oriundos de Gaza. Em Gaza, foge-se dos bombardeamentos como se pode. Pelo caminho, as vítimas que enchem os ecrãs de televisão não parecem muito diferentes daquelas que ocupavam os mesmos ecrãs num qualquer outro período crítico do conflito.
Por outras palavras, assistimos ao reacender de um conflito que continua longe de ser sanado, caracterizado por actos reiterados - de ambas as partes - de desumanidade.
Podemos criticar o lado israelita ou optar pela crítica ao Hamas e ao terrorismo, mas no fim de contas, são invariavelmente os mesmos a quem cabe o papel de vítima.
Este é um conflito cuja resolução continua a ser adiada; este é um conflito que dificilmente conhecerá um fim enquanto se insistir na impossibilidade da existência de um Estado Palestiniano e enquanto se considerar que alguns actos são legítimos quando estão muito longe de o ser.

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