O oráculo de domingo, perdão, o Professor Marcelo Rebelo de Sousa fez as suas habituais recomendações. Desta vez aconselhou o PSD a não ter medo da rua, a propósito do facto da festa do partido ter este ano lugar num hotel. Marcelo Rebelo de Sousa fala de medo da rua, enquanto responsáveis do partido referiram a necessidade de não incomodar turistas e residentes e a necessidade de fazer poupança.
O medo da rua. O conceito é interessante, embora em Portugal esta ideia não se coloque com a mesma força que se coloca noutras países. O PSD não deve ter medo da rua e por que razão há-de ter? O Professor Marcelo tem razão. Afinal de contas o Governo foi eleito democraticamente, o que não é forçosamente sintomático de um permanente consenso e de uma eterna paz social. As divergências são normais em democracia, fazem parte do jogo e não raras vezes o palco escolhido para a demonstração dessas divergências é mesmo a rua. Essa possibilidade é reforçada em tempos em que a paz social é ameaçada pela aplicação de medidas que matam a economia, aumentam o desemprego, reduzem os salários, suprimem subsídios, roubam a esperança aos cidadãos.
Não há razões para se temer a rua, a menos que se pretenda construir uma democracia sem essa variável, mas até que ponto se poderá chamar democracia a um sistema sem essa mesma variável?
O medo da rua. O conceito é interessante, embora em Portugal esta ideia não se coloque com a mesma força que se coloca noutras países. O PSD não deve ter medo da rua e por que razão há-de ter? O Professor Marcelo tem razão. Afinal de contas o Governo foi eleito democraticamente, o que não é forçosamente sintomático de um permanente consenso e de uma eterna paz social. As divergências são normais em democracia, fazem parte do jogo e não raras vezes o palco escolhido para a demonstração dessas divergências é mesmo a rua. Essa possibilidade é reforçada em tempos em que a paz social é ameaçada pela aplicação de medidas que matam a economia, aumentam o desemprego, reduzem os salários, suprimem subsídios, roubam a esperança aos cidadãos.
Não há razões para se temer a rua, a menos que se pretenda construir uma democracia sem essa variável, mas até que ponto se poderá chamar democracia a um sistema sem essa mesma variável?
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