Christine Lagarde, directora do FMI, disse estar mais preocupada com as crianças do Niger do que com os pobres na Grécia. Afinal de contas os Gregos, segundo Lagarde, fogem aos seus impostos. Segundo as declarações simplistas e simplórias da directora do FMI, os Gregos estão a atravessar as dificuldades que todos conhecem por não pagar os seus impostos e, por conseguinte, não merecem a sua compreensão.
Ora, as declarações desta senhora provocaram um coro de protestos na Grécia, mas também no seu país de origem. É novamente o processo de culpabilização da Grécia.
Curiosamente, nas tais declarações, Lagarde esquece-se do papel do seu FMI na crise grega e nas ditas crises da dívidas soberanas, a participação da Goldman Sachs na falsificação das contas gregas, a receita desastrosa de que é apologista e que está a destruir o pais e a Europa. Além do mais, esquece-se que muitos gregos pagam uma carga fiscal incomportável. Todas as generalizações são, por natureza, abusivas.
Mas a cereja em cima do bolo é o facto de Lagarde, com o seu estatuto diplomático, auferir 380 mil euros em salário, sem pagar impostos. A senhora perdeu por completo a noção do rídiculo e voltou a incorrer no erro de apontar o dedo, num moralismo de trazer por casa, quando ela própria é uma excepção. A senhora Lagarde ao invés de perder tempo com afirmações saloias e ofensivas, faria melhor se tirasse alguns minutos para ler o novo poema de Günter Grass sobre a Grécia e sobre a Europa. Sairia muito mais enriquecida.
Seja como for, a verdade é que esta visão de Lagarde a par das pressões a que os Gregos estão sujeitos até ao próximo dia 17 de Junho, dia de eleições, correm o sério risco de colher os seus frutos. O medo é uma arma muito eficaz, não restam dúvidas. E quando as ameaças que pairam sobre a Grécia, assentes na sua expulsão da Zona Euro, são diárias, o efeito psicológico poderá dar vantagem ao partido da Nova Democracia. A campanha do medo está no terreno.
Ora, as declarações desta senhora provocaram um coro de protestos na Grécia, mas também no seu país de origem. É novamente o processo de culpabilização da Grécia.
Curiosamente, nas tais declarações, Lagarde esquece-se do papel do seu FMI na crise grega e nas ditas crises da dívidas soberanas, a participação da Goldman Sachs na falsificação das contas gregas, a receita desastrosa de que é apologista e que está a destruir o pais e a Europa. Além do mais, esquece-se que muitos gregos pagam uma carga fiscal incomportável. Todas as generalizações são, por natureza, abusivas.
Mas a cereja em cima do bolo é o facto de Lagarde, com o seu estatuto diplomático, auferir 380 mil euros em salário, sem pagar impostos. A senhora perdeu por completo a noção do rídiculo e voltou a incorrer no erro de apontar o dedo, num moralismo de trazer por casa, quando ela própria é uma excepção. A senhora Lagarde ao invés de perder tempo com afirmações saloias e ofensivas, faria melhor se tirasse alguns minutos para ler o novo poema de Günter Grass sobre a Grécia e sobre a Europa. Sairia muito mais enriquecida.
Seja como for, a verdade é que esta visão de Lagarde a par das pressões a que os Gregos estão sujeitos até ao próximo dia 17 de Junho, dia de eleições, correm o sério risco de colher os seus frutos. O medo é uma arma muito eficaz, não restam dúvidas. E quando as ameaças que pairam sobre a Grécia, assentes na sua expulsão da Zona Euro, são diárias, o efeito psicológico poderá dar vantagem ao partido da Nova Democracia. A campanha do medo está no terreno.
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