Nem de propósito, o secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, disse em entrevista que estava disposto a ir para a rua caso o Governo ponha em causa as funções sociais. O líder do PS tem já amanhã, dia 12 de Maio, uma oportunidade de ouro de ir para a frente de uma manifestação, desta vez global, isto porque o Governo já está a pôr em causa as funções do Estado.
O Executivo de Passos Coelho, escondido invariavelmente no memorando da Troika e na teoria da inevitabilidade, tem continuamente posto em causa as tais funções sociais de que Seguro falou. É assim na Saúde, com cortes substanciais e taxas moderadoras que nada fazem pelo pretenso equilíbrio do SNS, apenas afastam quem necessita de serviços médicos; é assim na educação e ensino superior - são muitos os que abandonam os estudos por dificuldades económicas; e será brevemente assim na Segurança Social com pretensões de privatizar, descapitalizando o sistema e voltando a engordar os do costume.
A isto acresce o aumento de impostos, reduções de salários, desemprego, pobreza, fome, o que consubstancia um retrocesso social sem paralelo nas últimas décadas.
Por conseguinte, sobram razões para que António José Seguro possa juntar-se àqueles que amanhã se manifestam em sete cidades portuguesas e em muitas outras na Europa e no mundo. Há apenas um pequeno senão: Seguro insiste em não romper com o acordo da Troika, por uma questão de coerência, esquecendo-se no entanto que é precisamente esse alinhamento que enfraquece a posição de uma parte da esquerda.
O Executivo de Passos Coelho, escondido invariavelmente no memorando da Troika e na teoria da inevitabilidade, tem continuamente posto em causa as tais funções sociais de que Seguro falou. É assim na Saúde, com cortes substanciais e taxas moderadoras que nada fazem pelo pretenso equilíbrio do SNS, apenas afastam quem necessita de serviços médicos; é assim na educação e ensino superior - são muitos os que abandonam os estudos por dificuldades económicas; e será brevemente assim na Segurança Social com pretensões de privatizar, descapitalizando o sistema e voltando a engordar os do costume.
A isto acresce o aumento de impostos, reduções de salários, desemprego, pobreza, fome, o que consubstancia um retrocesso social sem paralelo nas últimas décadas.
Por conseguinte, sobram razões para que António José Seguro possa juntar-se àqueles que amanhã se manifestam em sete cidades portuguesas e em muitas outras na Europa e no mundo. Há apenas um pequeno senão: Seguro insiste em não romper com o acordo da Troika, por uma questão de coerência, esquecendo-se no entanto que é precisamente esse alinhamento que enfraquece a posição de uma parte da esquerda.
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