Contrariamente a uma ideia genérica que se criou, nem todas as heranças são necessariamente positivas. Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal que o diga, e antes dele José Sócrates que o diga e antes deste Durão Barroso que o diga, e por aí fora.
É prática dos governos em funções atribuírem responsabilidades aos seus antecessores. Até aqui nada de novo. Pedro Passos Coelho parece não fazer mais do que os senhores que ocuparam o cargo de primeiro-ministro.
Desta forma, é possível ouvir o primeiro-ministro, na companhia dos seus pares laranjas, afirma que teve de ir mais longe do que a Troika devido ao facto das informações do governo anterior não serem correctas. Paralelamente, o primeiro-ministro, ignorando as consequências da crise que ainda hoje assola a economia mundial, ignorando as orientações da própria UE no início da crise, diametralmente opostas a que hoje são estabelecidas, ignorando o facto do Governo anterior ter conseguido uma substancial redução do défice antes do dealbar da crise, responsabiliza o anterior Executivo.
Este Governo excita-se com a austeridade, por vezes não esconde esse facto, noutras procura passar a ideia de que está a ser forçado a ir mais longe do que o plano da Troika. Desta vez, a justificação prende-se com a herança do Governo anterior. Amanhã, voltará a não esconder a sua excitação com a austeridade, com o enfraquecimento do Estado Social e com o cerceamento dos direitos de quem trabalha.
É prática dos governos em funções atribuírem responsabilidades aos seus antecessores. Até aqui nada de novo. Pedro Passos Coelho parece não fazer mais do que os senhores que ocuparam o cargo de primeiro-ministro.
Desta forma, é possível ouvir o primeiro-ministro, na companhia dos seus pares laranjas, afirma que teve de ir mais longe do que a Troika devido ao facto das informações do governo anterior não serem correctas. Paralelamente, o primeiro-ministro, ignorando as consequências da crise que ainda hoje assola a economia mundial, ignorando as orientações da própria UE no início da crise, diametralmente opostas a que hoje são estabelecidas, ignorando o facto do Governo anterior ter conseguido uma substancial redução do défice antes do dealbar da crise, responsabiliza o anterior Executivo.
Este Governo excita-se com a austeridade, por vezes não esconde esse facto, noutras procura passar a ideia de que está a ser forçado a ir mais longe do que o plano da Troika. Desta vez, a justificação prende-se com a herança do Governo anterior. Amanhã, voltará a não esconder a sua excitação com a austeridade, com o enfraquecimento do Estado Social e com o cerceamento dos direitos de quem trabalha.
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