A palavra é que tudo indica a mais apropriada para descrever o que se passou na Antena 1 com o fim de espaços de opinião. O caso do fim do programa "Este tempo" da Antena 1 (RDP) é um mais um péssimo sinal da falta de vitalidade da democracia portuguesa. O facto de se encerrar um espaço de opinião por não se aceitar que essa mesma opinião seja divulgada é anti-democrático.
Noutros tempos, não tão assim remotos quanto isso, assistimos a episódios em que a democracia e os seus valores foram contornados. Nesses tempos de um outro primeiro-ministro, muitos se insurgiram contra essa ausência de respeito pela liberdade de expressão. Por uma questão de coerência, espera-se que essas mesmas vozes se façam ouvir agora a propósito deste triste episódio.
Sejamos honestos, apesar dos nossos quarenta anos de democracia não é o seu enfraquecimento que parece inquietar a maior parte de nós. Julgo mesmo que a democracia é um conceito abstracto e, em alguns casos, inatingível de compreender. E tanto mais é assim que não se assiste a um grande movimento de cidadania de cada vez que a democracia sai enfraquecida. Talvez não nos faça falta aquilo que não compreendemos.
E tudo se torna mais exasperante no que diz respeito à liberdade de expressão. Também aqui não nos faz falta aquilo de que não fazemos uso.
Hoje dizem-nos que vivemos tempos de excepção que justificam atropelos à própria Lei base do país. Fica no entanto a ideia de que mesmo que os tempos não fossem de excepção como nos dizem, a reacção seja no que diz respeito ao desrespeito pela constituição, seja por actos de censura que colidem com as mais básicas liberdades democráticas, continuaria a ser própria de um país doente. A democracia vai gradualmente saindo de cena e nós pouco ou nada nos incomodamos com isso.
Noutros tempos, não tão assim remotos quanto isso, assistimos a episódios em que a democracia e os seus valores foram contornados. Nesses tempos de um outro primeiro-ministro, muitos se insurgiram contra essa ausência de respeito pela liberdade de expressão. Por uma questão de coerência, espera-se que essas mesmas vozes se façam ouvir agora a propósito deste triste episódio.
Sejamos honestos, apesar dos nossos quarenta anos de democracia não é o seu enfraquecimento que parece inquietar a maior parte de nós. Julgo mesmo que a democracia é um conceito abstracto e, em alguns casos, inatingível de compreender. E tanto mais é assim que não se assiste a um grande movimento de cidadania de cada vez que a democracia sai enfraquecida. Talvez não nos faça falta aquilo que não compreendemos.
E tudo se torna mais exasperante no que diz respeito à liberdade de expressão. Também aqui não nos faz falta aquilo de que não fazemos uso.
Hoje dizem-nos que vivemos tempos de excepção que justificam atropelos à própria Lei base do país. Fica no entanto a ideia de que mesmo que os tempos não fossem de excepção como nos dizem, a reacção seja no que diz respeito ao desrespeito pela constituição, seja por actos de censura que colidem com as mais básicas liberdades democráticas, continuaria a ser própria de um país doente. A democracia vai gradualmente saindo de cena e nós pouco ou nada nos incomodamos com isso.
Comentários
cem suras?
ton sura?
con sura...e do lodo da razão surgem todas as alarvidades e all garviadas
resumindo: é a modos que estúpido
mas tendo em conta que é um blogue
está dentro da norma
ou da moda
ou da média
já do desvio padrão...não