A democracia apoia-se, embora não só, em partidos políticos. Em Portugal, como de resto, um pouco por todo o lado, assiste-se à rápida degradação da classe política, seja pela ausência de qualidade dos seus protagonistas, seja pelas constantes suspeitas de comportamentos de salvaguarda dos seus próprios interesses ou de interesses partidários, seja pela mais abjecta subserviência aos mercados, seja ainda pela ineficácia na resolução de problemas, quase todos ligados ao modelo económico vigente.
Sucedem-se situações que deixam uma má imagem dos políticos. Os Portugueses têm tido uma boa dose de desilusões. Dir-se-á que este Governo aparenta ser menos sensível a pressões externas e à referida salvaguarda de interesses partidários. Discordo veementemente. Este Governo para além de não constituir um exemplo em matéria de nomeações políticas, é inexoravelmente servil aos interesses que subjazem o neoliberalismo, interesses que em caso algum são semelhantes aos interesses de um país. Dir-se-á ainda que se trata de um comprometimento ideológico e que outros também o fizeram no passado. Todavia, o facto é que o neoliberalismo ao que o Governo dá o nome de inevitabilidade e ao qual o ministro das Finanças dá uma roupagem académica é precisamente a mesma ideologia que enfraquece as democracias e que compromete o futuro dos cidadãos, sem qualquer pudor em destruir ambientalmente a nossa única casa. A democracia é apenas mais uma das suas vítimas.
Este é o maior paradigma da degradação da política precisamente porque enfraquece as democracias, retirando soberania aos povos. Este Governo é um excelente exemplo da subjugação à tecnocracia de que o neoliberalismo tanto se alimenta. Tecnocracia que grassa por essa Europa fora. Ora, a verdade é que o povo já não é soberano, deixou de o ser a partir do momento em que escolheu representantes que, por sua vez, representam interesses que não são os dos cidadãos. Com isto se aniquila a própria democracia.
A degradação da classe política deve-se. em larga medida, à subjugação dos actores políticos àquilo que hoje mais do que nunca merece ser classificado como ditadura dos mercados. Evidentemente que nesta ditadura não há espaço para democracias. Exemplos não faltam, da Grécia a Itália, e a própria União Europeia. No nosso caso, todos percepcionamos a mais ignóbil subserviência de quem nos Governa aos interesses da Sra. Merkel cuja ideologia anda de mãos dadas com a do Sr. Passos Coelho. Tudo em nome de dívidas cujos contornos ninguém conhece, em nome de uma Zona Euro cuja arquitectura é totalmente disfuncional. Tudo em nome de uma ideologia caduca que, à semelhança de outras no passado, se recusa aceitar o seu carácter caduco e prejudicial.
Sucedem-se situações que deixam uma má imagem dos políticos. Os Portugueses têm tido uma boa dose de desilusões. Dir-se-á que este Governo aparenta ser menos sensível a pressões externas e à referida salvaguarda de interesses partidários. Discordo veementemente. Este Governo para além de não constituir um exemplo em matéria de nomeações políticas, é inexoravelmente servil aos interesses que subjazem o neoliberalismo, interesses que em caso algum são semelhantes aos interesses de um país. Dir-se-á ainda que se trata de um comprometimento ideológico e que outros também o fizeram no passado. Todavia, o facto é que o neoliberalismo ao que o Governo dá o nome de inevitabilidade e ao qual o ministro das Finanças dá uma roupagem académica é precisamente a mesma ideologia que enfraquece as democracias e que compromete o futuro dos cidadãos, sem qualquer pudor em destruir ambientalmente a nossa única casa. A democracia é apenas mais uma das suas vítimas.
Este é o maior paradigma da degradação da política precisamente porque enfraquece as democracias, retirando soberania aos povos. Este Governo é um excelente exemplo da subjugação à tecnocracia de que o neoliberalismo tanto se alimenta. Tecnocracia que grassa por essa Europa fora. Ora, a verdade é que o povo já não é soberano, deixou de o ser a partir do momento em que escolheu representantes que, por sua vez, representam interesses que não são os dos cidadãos. Com isto se aniquila a própria democracia.
A degradação da classe política deve-se. em larga medida, à subjugação dos actores políticos àquilo que hoje mais do que nunca merece ser classificado como ditadura dos mercados. Evidentemente que nesta ditadura não há espaço para democracias. Exemplos não faltam, da Grécia a Itália, e a própria União Europeia. No nosso caso, todos percepcionamos a mais ignóbil subserviência de quem nos Governa aos interesses da Sra. Merkel cuja ideologia anda de mãos dadas com a do Sr. Passos Coelho. Tudo em nome de dívidas cujos contornos ninguém conhece, em nome de uma Zona Euro cuja arquitectura é totalmente disfuncional. Tudo em nome de uma ideologia caduca que, à semelhança de outras no passado, se recusa aceitar o seu carácter caduco e prejudicial.
Comentários