A crise que assola a Europa, em particular os chamados países periféricos, assenta em larga medida no desconhecimento dos cidadãos desses vários países. Para além das causas mais evidentes como a crise de 2008 e os consequentes resgates à banca, para além da má gestão dos negócios públicos e, ainda, para além do empobrecimento dos sectores produtivos desses países e de políticas fiscais erróneas, é o desconhecimento do funcionamento da dívida pública e a própria dívida que contribuem para que as soluções pareçam invariavelmente as mesmas - sempre com a tónica na austeridade.
Os cidadãos não conhecem a dívida de que tanto se fala; não se sabe para que é que o dinheiro foi pedido, quais contratos que lhe são subjacentes, etc. Esse desconhecimento insere-se no enfraquecimento da cultura democrática que conheceu o seu expoente máximo nas últimas semanas, em Itália e na Grécia. A falta de transparência que é intrínseca à dívida acarreta os perigos próprios do desconhecimento, designadamente a aceitação conformada de tudo aquilo que políticos, tecnocratas e os comentadores do costume impingem.
À excepção de um grupo de cidadãos que pugna por auditoria cidadã à dívida pública - http://www.facebook.com/iac.auditcit - o interesse sobre esta matéria parece ser residual e nem sequer faz parte do ideário dos principais partidos políticos.
De igual forma, o desconhecimento em torno do funcionamento da dívida pública é outra questão que importa ressalvar. Muitos só nos últimos meses é que se confrontaram com conceitos como as agências de notação financeira, Banco Central Europeu ou bancos de investimento. Poucos compreendiam o poder excessivo que o sector financeiro detinha; poucos terão percebido que a dívida pública é alimentada por um sector financeiro invariavelmente esfaimado que coarcta a soberania dos Estados tornado-os dependentes de dívidas; países que vêem o seu futuro adiado empatado em juros. Sector financeiro que continua a alimentar um modelo insustentável. Poucos compreendiam o papel do Banco Central Europeu e a própria arquitectura da moeda única que adoptou, com todo o amor imaginável, a dependência junto do sector financeiro, o enfraquecimento e quase desaparecimento de vários sectores produtivos.
Este desconhecimento que ainda impera, em larga medida, aliado ao medo, empurra os cidadãos para a aceitação conformada da inevitabilidade inerente a medidas de austeridade contraproducentes. O desconhecimento leva-nos a crer que só há um caminho, aquele apontado por tantos que professam uma ideologia caduca mas que têm lugar nos principais meios de comunicação social.
Os cidadãos não conhecem a dívida de que tanto se fala; não se sabe para que é que o dinheiro foi pedido, quais contratos que lhe são subjacentes, etc. Esse desconhecimento insere-se no enfraquecimento da cultura democrática que conheceu o seu expoente máximo nas últimas semanas, em Itália e na Grécia. A falta de transparência que é intrínseca à dívida acarreta os perigos próprios do desconhecimento, designadamente a aceitação conformada de tudo aquilo que políticos, tecnocratas e os comentadores do costume impingem.
À excepção de um grupo de cidadãos que pugna por auditoria cidadã à dívida pública - http://www.facebook.com/iac.auditcit - o interesse sobre esta matéria parece ser residual e nem sequer faz parte do ideário dos principais partidos políticos.
De igual forma, o desconhecimento em torno do funcionamento da dívida pública é outra questão que importa ressalvar. Muitos só nos últimos meses é que se confrontaram com conceitos como as agências de notação financeira, Banco Central Europeu ou bancos de investimento. Poucos compreendiam o poder excessivo que o sector financeiro detinha; poucos terão percebido que a dívida pública é alimentada por um sector financeiro invariavelmente esfaimado que coarcta a soberania dos Estados tornado-os dependentes de dívidas; países que vêem o seu futuro adiado empatado em juros. Sector financeiro que continua a alimentar um modelo insustentável. Poucos compreendiam o papel do Banco Central Europeu e a própria arquitectura da moeda única que adoptou, com todo o amor imaginável, a dependência junto do sector financeiro, o enfraquecimento e quase desaparecimento de vários sectores produtivos.
Este desconhecimento que ainda impera, em larga medida, aliado ao medo, empurra os cidadãos para a aceitação conformada da inevitabilidade inerente a medidas de austeridade contraproducentes. O desconhecimento leva-nos a crer que só há um caminho, aquele apontado por tantos que professam uma ideologia caduca mas que têm lugar nos principais meios de comunicação social.
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