As manifestações que eclodem em alguns países, muito em particular em várias cidades americanas e europeias incomodam. Esse incómodo causado pelas manifestações é visível na forma como a polícia lida com aquilo que é visto como sendo um problema. Veja-se o número de detenções feitas ontem nos EUA nos acampamentos do Occupy Wall Street. Mas o incómodo parece ser mais abrangente e não se cingir apenas às autoridades políticas e policiais.
Em Portugal, aquando do 15 de Outubro, assistimos, e não apenas por parte dos comentadores de pacotilha, a comentários de desagrado. Dizia-se que estes movimentos põe em causa a legitimidade democrática, partindo do pressuposto que quando é escolhido um governo, espera-se que toda a legislatura seja ignorada pelos cidadãos. Afinal de contas é a isso mesmo que estamos habituados.
Esquecem-se estes senhores que se incomodam com a revolta de quem tem todo o direito a sentir-se indignado que as democracias estão a ser postas em causa, curiosamente não pelos cidadãos, mas por um sector financeiro que subjugou por completo as próprias democracias. Veja-se os casos recentes da Grécia e de Itália e como essas democracias são meramente formais. São as instituições europeias encabeçadas por Merkel e Sarkozy, políticos apenas preocupados com o seus respectivos sectores financeiros, a decidir quem deve estar à frente dos destinos de um país. Os tecnocratas do sistema, tanto num caso como noutro.
De igual forma, atente-se na forma como os países que estão a ser "ajudados", perderam capacidade de decisão em apenas alguns meses e como as escolhas dos cidadãos através de representantes já não são verdadeiramente uma escolha. São antes meros formalismos. A soberania dos povos é posta em causa, as democracias são reiteradamente postas em causa. É essencialmente contra este estado de coisas que tantos cidadãos, em vários países, mostram a sua indignação e até a sua revolta.
A revolta inquieta. Incomoda os poderes instalados por razões óbvias, mas incomoda quem julga que tem muito a perder se o status quo for posto em causa. O medo continua a tolher o discernimento dos povos e quando a mudança parece apocalíptica como a comunicação social e os comentadores de pacotilha não cessam de nos dizer, a inacção impera.
Neste contexto, insurge-se contra quem luta pela consolidação democrática e pela justiça. Quem enfraquece a democracia, quem promove as injustiças permanece imune às críticas.
Em Portugal, aquando do 15 de Outubro, assistimos, e não apenas por parte dos comentadores de pacotilha, a comentários de desagrado. Dizia-se que estes movimentos põe em causa a legitimidade democrática, partindo do pressuposto que quando é escolhido um governo, espera-se que toda a legislatura seja ignorada pelos cidadãos. Afinal de contas é a isso mesmo que estamos habituados.
Esquecem-se estes senhores que se incomodam com a revolta de quem tem todo o direito a sentir-se indignado que as democracias estão a ser postas em causa, curiosamente não pelos cidadãos, mas por um sector financeiro que subjugou por completo as próprias democracias. Veja-se os casos recentes da Grécia e de Itália e como essas democracias são meramente formais. São as instituições europeias encabeçadas por Merkel e Sarkozy, políticos apenas preocupados com o seus respectivos sectores financeiros, a decidir quem deve estar à frente dos destinos de um país. Os tecnocratas do sistema, tanto num caso como noutro.
De igual forma, atente-se na forma como os países que estão a ser "ajudados", perderam capacidade de decisão em apenas alguns meses e como as escolhas dos cidadãos através de representantes já não são verdadeiramente uma escolha. São antes meros formalismos. A soberania dos povos é posta em causa, as democracias são reiteradamente postas em causa. É essencialmente contra este estado de coisas que tantos cidadãos, em vários países, mostram a sua indignação e até a sua revolta.
A revolta inquieta. Incomoda os poderes instalados por razões óbvias, mas incomoda quem julga que tem muito a perder se o status quo for posto em causa. O medo continua a tolher o discernimento dos povos e quando a mudança parece apocalíptica como a comunicação social e os comentadores de pacotilha não cessam de nos dizer, a inacção impera.
Neste contexto, insurge-se contra quem luta pela consolidação democrática e pela justiça. Quem enfraquece a democracia, quem promove as injustiças permanece imune às críticas.
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