A greve, instrumento garantido pela lei base do país, é invariavelmente alvo de críticas, seja por ser contraproducente, seja por prejudicar quem quer trabalhar, seja por estar apenas disponível para funcionários públicos, seja pelo pretenso impacto económico.
De facto, um dia de greve geral causa transtornos, sem transportes, sem escolas e sem centros de saúde e hospitais muitos vêem a sua vida incomodada. De igual forma, muitos trabalhadores do sector privado não conseguem aderir à greve, muito em particular os que estão em situação de precariedade, situação que também é recorrente no sector público.
De qualquer modo, e apesar dos constrangimentos já assinalados, importa perceber a importância da greve num contexto de grande insatisfação. Este é um instrumento válido que contribui para se passar uma mensagem clara a quem dirige os destinos do país. Estas mensagens não podem simplesmente ser ignoradas, sob pena de se estar a criar uma situação potencialmente explosiva. Além do mais não nos devemos esquecer que quem adere à greve perde um dia de salário, factor que é recorrentemente esquecido por quem crítica a greve.
Existe uma multiplicidade de razões que justificam a mobilizam dos trabalhadores: agravamento do desemprego, precariedade exponencial, aumento do custo de vida, diminuição de salários, cortes de subsídios. No fundo é de austeridade que se fala, uma austeridade que não é solução, como uma infinidade de casos o demonstram. Existem razões que se prendem a desvalorização do trabalho, dos cortes na saúde e educação que vão muito para além das imposições da troika,
A questão da greve ser contraproducente e de apenas ter custos avultados para o país (custos que dependem de estudo para estudo) é obliterada pela importância que se deve dar, em democracia, à voz dos cidadãos. A democracia não é um mero exercício levado a cabo pelos representantes eleitos pelos cidadãos. É muito mais do que isso e engloba a voz dos cidadãos, muito em particular quando o descontentamento grassa compreensivelmente perante um dos maiores retrocessos civilizacionais da democracia portuguesa.
Haverá quem refute perguntando que se o país não seguir o caminho desenhado pelo governo como é que se paga a dívida, quando a pergunta que se coloca é precisamente que dívida é essa de que tanto se fala. A auditoria cidadã à dívida pública continua a ser uma miragem, apesar do esforço hercúleo de alguns. Pena é não ver tanta gente exasperada com uma dívida desconhecida ao invés de mostrarem a sua animosidade em relação a um instrumento válido em democracia, como é o caso da greve.
A esta greve geral juntar-se-ão outras vozes, para além dos sindicatos. Movimentos de indignados vão sair à rua em vários pontos do país para mostrar o seu descontentamento. As grandes mudanças têm invariavelmente o cunho dos cidadãos e o país está, sem qualquer margem de dúvida, a necessitar de uma grande mudança.
De facto, um dia de greve geral causa transtornos, sem transportes, sem escolas e sem centros de saúde e hospitais muitos vêem a sua vida incomodada. De igual forma, muitos trabalhadores do sector privado não conseguem aderir à greve, muito em particular os que estão em situação de precariedade, situação que também é recorrente no sector público.
De qualquer modo, e apesar dos constrangimentos já assinalados, importa perceber a importância da greve num contexto de grande insatisfação. Este é um instrumento válido que contribui para se passar uma mensagem clara a quem dirige os destinos do país. Estas mensagens não podem simplesmente ser ignoradas, sob pena de se estar a criar uma situação potencialmente explosiva. Além do mais não nos devemos esquecer que quem adere à greve perde um dia de salário, factor que é recorrentemente esquecido por quem crítica a greve.
Existe uma multiplicidade de razões que justificam a mobilizam dos trabalhadores: agravamento do desemprego, precariedade exponencial, aumento do custo de vida, diminuição de salários, cortes de subsídios. No fundo é de austeridade que se fala, uma austeridade que não é solução, como uma infinidade de casos o demonstram. Existem razões que se prendem a desvalorização do trabalho, dos cortes na saúde e educação que vão muito para além das imposições da troika,
A questão da greve ser contraproducente e de apenas ter custos avultados para o país (custos que dependem de estudo para estudo) é obliterada pela importância que se deve dar, em democracia, à voz dos cidadãos. A democracia não é um mero exercício levado a cabo pelos representantes eleitos pelos cidadãos. É muito mais do que isso e engloba a voz dos cidadãos, muito em particular quando o descontentamento grassa compreensivelmente perante um dos maiores retrocessos civilizacionais da democracia portuguesa.
Haverá quem refute perguntando que se o país não seguir o caminho desenhado pelo governo como é que se paga a dívida, quando a pergunta que se coloca é precisamente que dívida é essa de que tanto se fala. A auditoria cidadã à dívida pública continua a ser uma miragem, apesar do esforço hercúleo de alguns. Pena é não ver tanta gente exasperada com uma dívida desconhecida ao invés de mostrarem a sua animosidade em relação a um instrumento válido em democracia, como é o caso da greve.
A esta greve geral juntar-se-ão outras vozes, para além dos sindicatos. Movimentos de indignados vão sair à rua em vários pontos do país para mostrar o seu descontentamento. As grandes mudanças têm invariavelmente o cunho dos cidadãos e o país está, sem qualquer margem de dúvida, a necessitar de uma grande mudança.
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