O dia 15 de Outubro foi o dia escolhido para manifestações globais de descontentamento. Portugal não é excepção. Talvez também fosse este o momento de relembrarmos que existiu quem lutasse pelas conquistas sociais que hoje parecem desaparecer a cada dia que passa. Dizem-nos que estamos mal-habituados, que vivemos acima das nossas possibilidades e que o que é preciso é trabalho. Palavras vãs num sistema em que uns são beneficiados em detrimento de muitos outros. Palavras falsas, quando faz parte da natureza humana procurar mais e melhor. Se assim não fosse, nenhuma conquista social teria sido conseguida. Aliás, nada seria conseguido.
A evolução tecnológica abriu as portas à globalização económica, mas também proporciona instrumentos de protesto global, como também são as redes sociais. O lema deste protesto mundial é muito claro: se lhe perguntarem quem está por detrás destes movimentos, quem são os seus líderes, a resposta é inequívoca: "Sou Eu". Somos nós que temos a obrigação, como outros antes de nós, de lutar contra um sistema de iniquidades, um sistema não sustentável. Cabe-nos a nós recuperar os sistemas democráticos que caíram nas mãos do poder económico. Cabe-nos a nós não esquecer que a democracia só sobreviverá ao lado do bem-estar social. Outrora os guardiões da democracia percebiam isso mesmo - no passado existiram pessoas suficientemente lúcidas para perceber que a democracia e o bem-estar social são, em muitos aspectos, indissociáveis. Hoje esses guardiões ou desapareceram ou refugiam-se no silêncio.
Hoje todos sentimos o peso da austeridade e a fatalidade do inevitável. Sentimos que caminhamos no sentido do abismo, embora ainda exista quem perfilhe a tese contrária. A vida de todos nós sofre a cada dia que passa retrocessos inimagináveis. Os arautos do sistema, os mesmos que não viram, não quiseram ver e, mais grave, foram responsáveis pela mais grave crise dos últimas décadas, continuam a tudo fazer para nos convencer de que não há outra solução.
Desengane-se quem julgue que o problema é português ou Europeu. O problema é mundial. E as consequências são sociais e políticas; por um lado, a austeridade mata as economias para alegadamente resolver um problema criado pelo sistema; por outro, poucos ainda acreditam nos sistemas bipartidários vigentes em alguns países europeus e nos Estados Unidos.
O esmorecimento e a falta de esperança nunca trouxeram benefícios para a humanidade. Esta é uma luta digna e legítima - todos queremos viver condignamente e deixar essa e outras possibilidades aos mais novos. Em alturas de crise, criam-se as oportunidades para os grandes homens e mulheres. Num mundo globalizado, todos podemos fazer parte dessa grandeza. A começar, para aqueles que ainda não começaram, no dia 15.
Se te disserem que não vale a pena sair à rua, que isto é tudo utópico ou que o sair à rua ainda vai piorar a situação já de si difícil, não acredites!
A evolução tecnológica abriu as portas à globalização económica, mas também proporciona instrumentos de protesto global, como também são as redes sociais. O lema deste protesto mundial é muito claro: se lhe perguntarem quem está por detrás destes movimentos, quem são os seus líderes, a resposta é inequívoca: "Sou Eu". Somos nós que temos a obrigação, como outros antes de nós, de lutar contra um sistema de iniquidades, um sistema não sustentável. Cabe-nos a nós recuperar os sistemas democráticos que caíram nas mãos do poder económico. Cabe-nos a nós não esquecer que a democracia só sobreviverá ao lado do bem-estar social. Outrora os guardiões da democracia percebiam isso mesmo - no passado existiram pessoas suficientemente lúcidas para perceber que a democracia e o bem-estar social são, em muitos aspectos, indissociáveis. Hoje esses guardiões ou desapareceram ou refugiam-se no silêncio.
Hoje todos sentimos o peso da austeridade e a fatalidade do inevitável. Sentimos que caminhamos no sentido do abismo, embora ainda exista quem perfilhe a tese contrária. A vida de todos nós sofre a cada dia que passa retrocessos inimagináveis. Os arautos do sistema, os mesmos que não viram, não quiseram ver e, mais grave, foram responsáveis pela mais grave crise dos últimas décadas, continuam a tudo fazer para nos convencer de que não há outra solução.
Desengane-se quem julgue que o problema é português ou Europeu. O problema é mundial. E as consequências são sociais e políticas; por um lado, a austeridade mata as economias para alegadamente resolver um problema criado pelo sistema; por outro, poucos ainda acreditam nos sistemas bipartidários vigentes em alguns países europeus e nos Estados Unidos.
O esmorecimento e a falta de esperança nunca trouxeram benefícios para a humanidade. Esta é uma luta digna e legítima - todos queremos viver condignamente e deixar essa e outras possibilidades aos mais novos. Em alturas de crise, criam-se as oportunidades para os grandes homens e mulheres. Num mundo globalizado, todos podemos fazer parte dessa grandeza. A começar, para aqueles que ainda não começaram, no dia 15.
Se te disserem que não vale a pena sair à rua, que isto é tudo utópico ou que o sair à rua ainda vai piorar a situação já de si difícil, não acredites!
Comentários