A manifestação de sábado em Lisboa e noutras cidades do país mostrou que existem indignados, mas também desesperados e são esses desesperados que aumentam em número. As medidas anunciadas e que fazem parte do Orçamento de Estado de 2012 contribuíram para o agravamento da percepção de que o rumo não pode ser este.
Para quem considera que os indignados não sabem exactamente as razões da sua indignação e que essas mesmas pessoas não apresentam soluções alternativas, aqui escrevo que isso não corresponde à verdade. As pessoas que saírem à rua no sábado sabem muito bem o que as fez sair à rua e que alternativas apresentar.
A manifestação de sábado, seguida de uma assembleia popular foi um exercício de democracia. Os cidadãos simbolicamente junto à casa da democracia mostraram que não concordam com o caminho seguido cegamente por este governo, não deixando de apresentar alternativas. Reconheço que haverá quem não esteja habituado a exercícios de democracia directa e, por conseguinte, estranhe a situação, mas é precisamente de mais democracia participativa que o país precisa.
Durante décadas, os cidadãos deste país, abdicaram de ter uma participação mais efectiva na vida política. A democracia por cá é encarada como sendo exclusivamente representativa. O resultado são décadas de decisões políticas tomadas por uma espécie de casta de privilegiados que envolve promiscuamente poder político e o poder económico sob a total passividade dos cidadãos e perante a mais inexorável ineficiência do sistema judicial.
Paralelamente, o sistema capitalista também é alvo de críticas. A selvajaria tomou conta do sistema, atropelando direitos e a própria democracia. Não será por acaso que o protesto do dia 15 de Outubro se espalhou por cidades de todo o mundo.
O que esteve em causa no dia 15 de Outubro e continua a estar em causa é o combate ao peso da inevitabilidade que está a arruinar a vida da maior parte de nós, deixando muitos no desespero. O melhor instrumento para esse combate? A democracia, sob as suas várias formas, com especial ênfase na sua componente participativa.
Para quem considera que os indignados não sabem exactamente as razões da sua indignação e que essas mesmas pessoas não apresentam soluções alternativas, aqui escrevo que isso não corresponde à verdade. As pessoas que saírem à rua no sábado sabem muito bem o que as fez sair à rua e que alternativas apresentar.
A manifestação de sábado, seguida de uma assembleia popular foi um exercício de democracia. Os cidadãos simbolicamente junto à casa da democracia mostraram que não concordam com o caminho seguido cegamente por este governo, não deixando de apresentar alternativas. Reconheço que haverá quem não esteja habituado a exercícios de democracia directa e, por conseguinte, estranhe a situação, mas é precisamente de mais democracia participativa que o país precisa.
Durante décadas, os cidadãos deste país, abdicaram de ter uma participação mais efectiva na vida política. A democracia por cá é encarada como sendo exclusivamente representativa. O resultado são décadas de decisões políticas tomadas por uma espécie de casta de privilegiados que envolve promiscuamente poder político e o poder económico sob a total passividade dos cidadãos e perante a mais inexorável ineficiência do sistema judicial.
Paralelamente, o sistema capitalista também é alvo de críticas. A selvajaria tomou conta do sistema, atropelando direitos e a própria democracia. Não será por acaso que o protesto do dia 15 de Outubro se espalhou por cidades de todo o mundo.
O que esteve em causa no dia 15 de Outubro e continua a estar em causa é o combate ao peso da inevitabilidade que está a arruinar a vida da maior parte de nós, deixando muitos no desespero. O melhor instrumento para esse combate? A democracia, sob as suas várias formas, com especial ênfase na sua componente participativa.
Comentários