Este movimento de cidadãos de vários países começa a ganhar forte expressão nos Estados Unidos, designadamente na cidade de Nova Iorque. Trata-se de um conjunto de cidadãos que se insurgem contra os ditames de Wall Street, contra a desregulação e a selvajaria que caracteriza uma minoria que domina a maioria. Em bom rigor, estes indignados já não suportam a ganância daqueles que levaram o mundo para a pior crise dos últimos oitenta anos.
Os indignados americanos não são diferentes dos indignados espanhóis ou dos indignados gregos. Estes indignados à semelhança de outros têm-se insurgido contra uma das injustiças mais gritantes das últimas décadas. Paralelamente pretendem recuperar a verdadeira democracia e não esta plutocracia que tem dominado o mundo.
É interessante verificar a tibieza com que a comunicação social dá ênfase a estes assuntos e como a autoridades dos países lidam com este fenómeno - amiúde carregando com toda a sua força sobre os manifestantes.
Em Portugal, o Governo e as forças de segurança estão atentos aos movimentos similares. Ontem noticiava-se que era expectável que as manifestações de descontentamento em Portugal sejam as mais graves dos últimos trinta anos. Passos Coelho já falou que não admitirá tumultos. Lança-se deliberadamente a confusão entre manifestações garantidas pela Lei Base do país e delinquência.
O facto é que o movimento dos indignados merece também ter expressão em Portugal. Partilhamos muitos dos mesmos problemas que todos os outros indignados e devemos mostrar isso mesmo no próximo dia 15 de Outubro. Todos temos razões para nos mostrar contra o rumo seguido: contra a austeridade que redunda em desemprego e miséria; contra a iniquidade na repartição dos esforços; na incapacidade de se regular e supervisionar aqueles que nos levaram até esta crise; contra a existência de toda a obscuridade em torno de uma dívida apenas conhecida por alguns; e, essencialmente, contra o enfraquecimento das democracias inexoravelmente subjugadas pelos senhores das finanças.
O povo ainda é soberano e é isso mesmo que devemos mostrar no dia 15 de Outubro, porque somos todos (ou quase todos) indignados.
Os indignados americanos não são diferentes dos indignados espanhóis ou dos indignados gregos. Estes indignados à semelhança de outros têm-se insurgido contra uma das injustiças mais gritantes das últimas décadas. Paralelamente pretendem recuperar a verdadeira democracia e não esta plutocracia que tem dominado o mundo.
É interessante verificar a tibieza com que a comunicação social dá ênfase a estes assuntos e como a autoridades dos países lidam com este fenómeno - amiúde carregando com toda a sua força sobre os manifestantes.
Em Portugal, o Governo e as forças de segurança estão atentos aos movimentos similares. Ontem noticiava-se que era expectável que as manifestações de descontentamento em Portugal sejam as mais graves dos últimos trinta anos. Passos Coelho já falou que não admitirá tumultos. Lança-se deliberadamente a confusão entre manifestações garantidas pela Lei Base do país e delinquência.
O facto é que o movimento dos indignados merece também ter expressão em Portugal. Partilhamos muitos dos mesmos problemas que todos os outros indignados e devemos mostrar isso mesmo no próximo dia 15 de Outubro. Todos temos razões para nos mostrar contra o rumo seguido: contra a austeridade que redunda em desemprego e miséria; contra a iniquidade na repartição dos esforços; na incapacidade de se regular e supervisionar aqueles que nos levaram até esta crise; contra a existência de toda a obscuridade em torno de uma dívida apenas conhecida por alguns; e, essencialmente, contra o enfraquecimento das democracias inexoravelmente subjugadas pelos senhores das finanças.
O povo ainda é soberano e é isso mesmo que devemos mostrar no dia 15 de Outubro, porque somos todos (ou quase todos) indignados.
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