O primeiro-ministro de Portugal sublinhou que o país terá que passar por um processo de empobrecimento, sendo essa, segundo a ideia de Passos Coelho, a única forma de Portugal sair da crise. O primeiro-ministro chega a colocar um desafio àqueles que conheçam outras formas de sair da crise enriquecendo e gastando mais. Daqui se depreende que Portugal das duas uma: ou empobrece ou enriquece, sendo que o enriquecimento é, na óptica de Passos Coelho, uma espécie de milagre.
O empobrecimento de que Passos Coelho fala é conhecido. É o empobrecimento da classe média e das classes mais desfavorecidas. É também um empobrecimento a dois níveis: um directo, nos salários, pensões, poder de compra e no cada vez mais recorrente desemprego e outro no Estado Social, com cortes na Saúde e subsequente encarecimento dos serviços de saúde, cortes na Educação e nos apoios da segurança social.
Assim, o empobrecimento de que Passos Coelho fala não é mais do que o empobrecimento daqueles que, em larga medida, já eram pobres.
O primeiro-ministro, apesar de todas as convulsões que se vivem na Europa e apesar do fracasso das mesmas medidas na Grécia, continua resoluto em empobrecer o país, esperando aí sim o milagre da recuperação. Haverá seguramente quem prefira comparações entre o caso português e o caso irlandês, esquecendo-se no entanto que a economia irlandesa está longe de ter os problemas de natureza estrutural da portuguesa e que o problema irlandês esteve muito relacionado com o sector bancário do país.
Portugal vai empobrecer. Não se trata propriamente de uma novidade, já todos percebemos isso mesmo e já muitos de nós sentem isso diariamente. O primeiro-ministro, refém de uma ideologia falhada, assume que o empobrecimento é, de facto, uma necessidade. É sempre bom saber.
O empobrecimento de que Passos Coelho fala é conhecido. É o empobrecimento da classe média e das classes mais desfavorecidas. É também um empobrecimento a dois níveis: um directo, nos salários, pensões, poder de compra e no cada vez mais recorrente desemprego e outro no Estado Social, com cortes na Saúde e subsequente encarecimento dos serviços de saúde, cortes na Educação e nos apoios da segurança social.
Assim, o empobrecimento de que Passos Coelho fala não é mais do que o empobrecimento daqueles que, em larga medida, já eram pobres.
O primeiro-ministro, apesar de todas as convulsões que se vivem na Europa e apesar do fracasso das mesmas medidas na Grécia, continua resoluto em empobrecer o país, esperando aí sim o milagre da recuperação. Haverá seguramente quem prefira comparações entre o caso português e o caso irlandês, esquecendo-se no entanto que a economia irlandesa está longe de ter os problemas de natureza estrutural da portuguesa e que o problema irlandês esteve muito relacionado com o sector bancário do país.
Portugal vai empobrecer. Não se trata propriamente de uma novidade, já todos percebemos isso mesmo e já muitos de nós sentem isso diariamente. O primeiro-ministro, refém de uma ideologia falhada, assume que o empobrecimento é, de facto, uma necessidade. É sempre bom saber.
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