Quando se discute a situação do país, discussão essa conspurcada por queixumes e pela resignação. De igual modo, lança-se tudo para a discussão, desde a falta de qualidade dos nossos políticos até à existência de um conjunto de priveligiados na classe política que procura salvaguardar os seus interesses em detrimento dos interesses do país. Não se pode refutar estes argumentos, embora se deva evitar generalizações. Porém, a questão da ideologia deve ter um papel central na discussão.
Com efeito, procurou-se diluir a ideologia numa espécie de pragmatismo e, por outro lado, há quem se auto-intitule uma coisa para depois fazer o seu oposto. Mas na verdade, o que assistimos hoje é, sem sombra de dúvidas, fruto da ideologia; é fruto de uma ideologia que olha para o Estado como um mero apêndice, que procura reduzir as funções do Estado, e que nessa precisa medida procura atribuir aquelas que eram outrora funções do Estado ao sector privado.
A ideologia dominante não tem como grande objectivo a salvaguarda do Estado Social, até porque esse implica despesa e saindo da esfera do Estado sempre pode engordar alguns privados - considerados pelos arautos desta ideologia como o expoente máximo da eficiência. Esta ideologia olha para o trabalho como uma mera variável num conjunto de outras variáveis. Mais uma vez, apostando nos cortes do custo do trabalho em nome de uma pretensa competitividade que nunca chegará desta forma.
A ideologia dominante considera que os mercados são eficientes, relativizando a sua regulação e supervisão. A ideologia quem nos Governa nunca vai admitir as origens da crise e pouco fará para encetar-se mudanças para que não sejam os inocentes a pagar a crise. Como se vê são precisamente os que nada tiveram a ver com a crise que estão hoje a pagá-la.
Esta ideologia fala de crescimento, mas a sua preocupação é a dívida, ignorando que sem crescimento não se pagam dívidas. A ideologia de quem nos governa é tão cega como outras que devastaram o século passado. Não vê, nem quer ver a realidade.
Acresce a tudo isto que os arautos da ideologia referida neste texto aplica cegamente medidas que estão a destruir o país, como se quem as aplicasse tivesse um caderno de encargos onde não há espaço para qualquer originalidade. Para tal, escolhíamos máquinas, em vez de pessoas, com ou sem memorando da Troika.
Esta ideologia presta o culto ao individualismo mais cerrado, atribuindo migalhas aos que entretanto não são capazes de acompanhar a competição exasperante. A esmola é a política social deste governo e, naturalmente, desta ideologia.
Agora digam-me que a ideologia já não conta.
Com efeito, procurou-se diluir a ideologia numa espécie de pragmatismo e, por outro lado, há quem se auto-intitule uma coisa para depois fazer o seu oposto. Mas na verdade, o que assistimos hoje é, sem sombra de dúvidas, fruto da ideologia; é fruto de uma ideologia que olha para o Estado como um mero apêndice, que procura reduzir as funções do Estado, e que nessa precisa medida procura atribuir aquelas que eram outrora funções do Estado ao sector privado.
A ideologia dominante não tem como grande objectivo a salvaguarda do Estado Social, até porque esse implica despesa e saindo da esfera do Estado sempre pode engordar alguns privados - considerados pelos arautos desta ideologia como o expoente máximo da eficiência. Esta ideologia olha para o trabalho como uma mera variável num conjunto de outras variáveis. Mais uma vez, apostando nos cortes do custo do trabalho em nome de uma pretensa competitividade que nunca chegará desta forma.
A ideologia dominante considera que os mercados são eficientes, relativizando a sua regulação e supervisão. A ideologia quem nos Governa nunca vai admitir as origens da crise e pouco fará para encetar-se mudanças para que não sejam os inocentes a pagar a crise. Como se vê são precisamente os que nada tiveram a ver com a crise que estão hoje a pagá-la.
Esta ideologia fala de crescimento, mas a sua preocupação é a dívida, ignorando que sem crescimento não se pagam dívidas. A ideologia de quem nos governa é tão cega como outras que devastaram o século passado. Não vê, nem quer ver a realidade.
Acresce a tudo isto que os arautos da ideologia referida neste texto aplica cegamente medidas que estão a destruir o país, como se quem as aplicasse tivesse um caderno de encargos onde não há espaço para qualquer originalidade. Para tal, escolhíamos máquinas, em vez de pessoas, com ou sem memorando da Troika.
Esta ideologia presta o culto ao individualismo mais cerrado, atribuindo migalhas aos que entretanto não são capazes de acompanhar a competição exasperante. A esmola é a política social deste governo e, naturalmente, desta ideologia.
Agora digam-me que a ideologia já não conta.
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