O governo desdobra-se em aumento de impostos e cortes na despesa, embora seja mais contundente na primeira tarefa. Quanto aos cortes, estes incidem sobre o Estado Social: cortes na saúde e na Educação. Agora corta-se em alguns institutos e nas hierarquias do Estado.
A necessidade de cortes não é questionada, o país não pode viver eternamente acima das suas possibilidades. O que se critica com veemência é onde se corta e a necessidade imperiosa de estímulos à economia, contrariando a cegueira da austeridade.
Na verdade não chega cortar. O país tem problemas de fundo que não são atacados. A Administração Pública necessita de uma reforma que a torne eficiente. Esses ganhos de eficiência facilitariam a vida a todos os cidadãos e contribuiriam para um acréscimo de investimento com claras repercussões para a economia no seu todo. O mesmo se aplica à Justiça.
O problema financeiro não se resolve só com cortes na despesa (embora fosse decisivo acabar com a partidocracia, os negócios e os vícios de muitos que orbitam em torno do Estado). O problema financeiro é indissociável das dificuldades da própria economia. É fundamental que o país possa crescer, com preocupações em matéria de criação de emprego para que o problema financeiro possa ser atenuado. Sejamos realistas: não é com austeridade e com a manutenção e perpetuação das mesmas dificuldades, em particular no que diz respeito à Justiça e Administração Pública, que vamos ultrapassar os nossos problemas. O Governo acredita que sim. Em meses, com o desmoronamento da própria Zona Euro, o Governo vai ter que engolir muito do que disse e do que fez.
Pelo caminho não se negociam as parcerias público-privadas, não se eliminam lugares de destaque pagos a preço de ouro na Administração Pública, não se tem coragem para acabar com a partidocracia que tomou conta do país e pede-se aos cidadãos que paguem o buraco do BPN que ascende a quase 4900 milhões de euros e os laivos de novo-riquismo (o caso dos submarinos é só um dos inúmeros exemplos).
A verdade continua a ser insofismável: a responsabilidade é nossa na medida em que somos nós a eleger estes senhores cuja missão tem sido sempre perpetuar o seu bem-estar e dos seus mais próximos. É a persistência do erro e o medo da mudança.
A necessidade de cortes não é questionada, o país não pode viver eternamente acima das suas possibilidades. O que se critica com veemência é onde se corta e a necessidade imperiosa de estímulos à economia, contrariando a cegueira da austeridade.
Na verdade não chega cortar. O país tem problemas de fundo que não são atacados. A Administração Pública necessita de uma reforma que a torne eficiente. Esses ganhos de eficiência facilitariam a vida a todos os cidadãos e contribuiriam para um acréscimo de investimento com claras repercussões para a economia no seu todo. O mesmo se aplica à Justiça.
O problema financeiro não se resolve só com cortes na despesa (embora fosse decisivo acabar com a partidocracia, os negócios e os vícios de muitos que orbitam em torno do Estado). O problema financeiro é indissociável das dificuldades da própria economia. É fundamental que o país possa crescer, com preocupações em matéria de criação de emprego para que o problema financeiro possa ser atenuado. Sejamos realistas: não é com austeridade e com a manutenção e perpetuação das mesmas dificuldades, em particular no que diz respeito à Justiça e Administração Pública, que vamos ultrapassar os nossos problemas. O Governo acredita que sim. Em meses, com o desmoronamento da própria Zona Euro, o Governo vai ter que engolir muito do que disse e do que fez.
Pelo caminho não se negociam as parcerias público-privadas, não se eliminam lugares de destaque pagos a preço de ouro na Administração Pública, não se tem coragem para acabar com a partidocracia que tomou conta do país e pede-se aos cidadãos que paguem o buraco do BPN que ascende a quase 4900 milhões de euros e os laivos de novo-riquismo (o caso dos submarinos é só um dos inúmeros exemplos).
A verdade continua a ser insofismável: a responsabilidade é nossa na medida em que somos nós a eleger estes senhores cuja missão tem sido sempre perpetuar o seu bem-estar e dos seus mais próximos. É a persistência do erro e o medo da mudança.
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