As declarações do Conselheiro de Estado e Presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes sobre a banca são, no mínimo, curiosas. O Conselheiro de Estado afirma que a banca, no caso português, é a vítima do Estado português.
Assim, ignora-se o dinheiro que o Estado utilizou para ajudar a banca nos últimos três anos, o caso BPN e a estratégia seguida pela banca portuguesa que muito contribuiu para o endividamento privado do país.
Veja-se o caso do crédito à habitação. Em tempos de vacas gordas em que a estratégia dos sucessivos governos foi a de alimentar o endividamento, a banca não se coibiu de atribuir crédito à habitação de forma desmesurada. De igual forma, a banca portuguesa não foi obrigada a sustentar financeiramente os inúmeros negócios ruinosos em que participou com o Estado.
O sector bancário é de importância crucial para o país. Este é um facto insofismável. Porém, não se compreende a forma como a Caixa Geral de Depósitos aposta no financiamento de compra de acções, pelo menos de um investidor, e depois mostre tanta relutância em apoiar financeiramente as empresa. Assim como é difícil explicar porque razão a carga fiscal das empresas seja tão elevada comparativamente com este sector da economia.
Seja como for, e nas palavras do ilustre Conselheiro de Estado, a banca é a vítima. Discorda-se. A banca é, em última instância, cúmplice do estado em que se encontra o país, a menos que tenha sido obrigada a entrar em negócios ruinosos com o Estado e que tenha seguido uma estratégia de endividamento dela própria contribuindo para o endividamento privado do país.
Além do mais, a crise que ainda hoje vivemos teve o seu epicentro num sistema bancário voraz, noutros tempos apelidado de sofisticado, a que a banca portuguesa não foi imune. Na verdade, a vítimas somos nós, cidadãos que estamos a pagar os excessos de um sistema promotor de iniquidades.
Assim, ignora-se o dinheiro que o Estado utilizou para ajudar a banca nos últimos três anos, o caso BPN e a estratégia seguida pela banca portuguesa que muito contribuiu para o endividamento privado do país.
Veja-se o caso do crédito à habitação. Em tempos de vacas gordas em que a estratégia dos sucessivos governos foi a de alimentar o endividamento, a banca não se coibiu de atribuir crédito à habitação de forma desmesurada. De igual forma, a banca portuguesa não foi obrigada a sustentar financeiramente os inúmeros negócios ruinosos em que participou com o Estado.
O sector bancário é de importância crucial para o país. Este é um facto insofismável. Porém, não se compreende a forma como a Caixa Geral de Depósitos aposta no financiamento de compra de acções, pelo menos de um investidor, e depois mostre tanta relutância em apoiar financeiramente as empresa. Assim como é difícil explicar porque razão a carga fiscal das empresas seja tão elevada comparativamente com este sector da economia.
Seja como for, e nas palavras do ilustre Conselheiro de Estado, a banca é a vítima. Discorda-se. A banca é, em última instância, cúmplice do estado em que se encontra o país, a menos que tenha sido obrigada a entrar em negócios ruinosos com o Estado e que tenha seguido uma estratégia de endividamento dela própria contribuindo para o endividamento privado do país.
Além do mais, a crise que ainda hoje vivemos teve o seu epicentro num sistema bancário voraz, noutros tempos apelidado de sofisticado, a que a banca portuguesa não foi imune. Na verdade, a vítimas somos nós, cidadãos que estamos a pagar os excessos de um sistema promotor de iniquidades.
Comentários