Desde 2007 que escrevo neste blogue. As críticas ao sistema financeiro global sempre foram uma constante, a par das críticas à governação de José Sócrates. 2007 coincide também com a eclosão da mais grave crise das últimas décadas, crise que só foi possível graças à crença desmesurada na eficiência dos mercados e na sua auto-regulação; crise que só foi possível graças à complacência do poder político e sua subjugação ao poder económico.
Relativamente a José Sócrates sempre se criticou a existência de um clima democrático pouco saudável e a insistência num modelo de desenvolvimento obsoleto. Depois do ímpeto reformista, o Governo de Sócrates foi afrouxando nas reformas essenciais essenciais para uma contribuição para a implementação de um novo modelo económico. A Justiça andou pelas ruas da amargura, a burocracia continuou a fazer o seu caminho e a escolha de grandes obras públicas como forma de investimento sempre foi discutível. Pessoalmente teria preferido um investimento público virado para outras áreas. Pelo caminho, deu-se início ao desmantelamento do Estado Social e embora José Sócrates tenha conseguido uma redução muito substancial do défice, algumas políticas assentes na partidocracia e nos negócios com um tecido empresarial apostado na certeza de investimentos com o Estado como parceiro, a par da crise contribuíram para o aumento do défice e da dívida.
Com a crise de 2007/2008, o discurso neste blogue radicalizou-se. Simplesmente não há alma que procure algum equilíbrio e que possa simultaneamente ficar imune aos abusos esses sim colossais de um sistema que tem empobrecido tantos e enriquecido tão poucos. Um sistema que dá cada vez mais primazia ao capital e à sua livre circulação, que promove a existência de paraísos fiscais, mostrando um desprezo enorme quer pelo trabalho, quer pelo sistema produtivo. Um sistema assente nas jogadas de casino feito à medida de tão poucos. Um sistema que potencia que os políticos sejam seus reféns.
A agravar a situação, a Europa em particular, decidiu combater a crise das dívidas soberanas, causadas em larga medida pela crise, designadamente pelo apoio à banca, recorrendo a fortes medidas de austeridade.
Em Portugal, o país escolheu um Governo apologista deste sistema desigual, um partido que nunca escondeu querer ir mais longe do que a Troika. Dito por outras palavras, escolheu-se quem advoga as mesmas receitas falhadas, as tais que nos levou o mundo à difícil situação em que se encontra. Uma receita que degenera em mais desemprego, no enfraquecimento do Estado Social, na enfraquecimento da relação entre trabalhadores e entidades patronais e no aumento da pobreza.
Por conseguinte, justifica-se a radicalização do discurso deste blogue. Fazendo jus à premissa fundamental do mesmo - a que se encontra inscrita por baixo do título do blogue -, aqui faz-se uma crítica cerrada a todos os que acreditam que os problemas se resolvem com receitas comprovadamente falhadas.
Aqui critica-se o capitalismo financeiro. Advoga-se um regresso da verdadeira social-democracia a mesma que permitiu que o nivelamento social fosse uma realidade. As criticas não incidem sobre o capitalismo por si só, mas antes nesta sua forma financeira. Da mesma forma que critico o comunismo por assentar em receitas falhadas e por nunca ser consonante com as liberdades e com os sistemas democráticos, também critico severamente um sistema que promove as mais graves desigualdades em favor de uma minoria. Este não é um sistema sustentável e até o mundo assim o entender, os cidadãos entalados entre o consumismo desenfreado e o retrocesso social vão sofrendo.
Relativamente a José Sócrates sempre se criticou a existência de um clima democrático pouco saudável e a insistência num modelo de desenvolvimento obsoleto. Depois do ímpeto reformista, o Governo de Sócrates foi afrouxando nas reformas essenciais essenciais para uma contribuição para a implementação de um novo modelo económico. A Justiça andou pelas ruas da amargura, a burocracia continuou a fazer o seu caminho e a escolha de grandes obras públicas como forma de investimento sempre foi discutível. Pessoalmente teria preferido um investimento público virado para outras áreas. Pelo caminho, deu-se início ao desmantelamento do Estado Social e embora José Sócrates tenha conseguido uma redução muito substancial do défice, algumas políticas assentes na partidocracia e nos negócios com um tecido empresarial apostado na certeza de investimentos com o Estado como parceiro, a par da crise contribuíram para o aumento do défice e da dívida.
Com a crise de 2007/2008, o discurso neste blogue radicalizou-se. Simplesmente não há alma que procure algum equilíbrio e que possa simultaneamente ficar imune aos abusos esses sim colossais de um sistema que tem empobrecido tantos e enriquecido tão poucos. Um sistema que dá cada vez mais primazia ao capital e à sua livre circulação, que promove a existência de paraísos fiscais, mostrando um desprezo enorme quer pelo trabalho, quer pelo sistema produtivo. Um sistema assente nas jogadas de casino feito à medida de tão poucos. Um sistema que potencia que os políticos sejam seus reféns.
A agravar a situação, a Europa em particular, decidiu combater a crise das dívidas soberanas, causadas em larga medida pela crise, designadamente pelo apoio à banca, recorrendo a fortes medidas de austeridade.
Em Portugal, o país escolheu um Governo apologista deste sistema desigual, um partido que nunca escondeu querer ir mais longe do que a Troika. Dito por outras palavras, escolheu-se quem advoga as mesmas receitas falhadas, as tais que nos levou o mundo à difícil situação em que se encontra. Uma receita que degenera em mais desemprego, no enfraquecimento do Estado Social, na enfraquecimento da relação entre trabalhadores e entidades patronais e no aumento da pobreza.
Por conseguinte, justifica-se a radicalização do discurso deste blogue. Fazendo jus à premissa fundamental do mesmo - a que se encontra inscrita por baixo do título do blogue -, aqui faz-se uma crítica cerrada a todos os que acreditam que os problemas se resolvem com receitas comprovadamente falhadas.
Aqui critica-se o capitalismo financeiro. Advoga-se um regresso da verdadeira social-democracia a mesma que permitiu que o nivelamento social fosse uma realidade. As criticas não incidem sobre o capitalismo por si só, mas antes nesta sua forma financeira. Da mesma forma que critico o comunismo por assentar em receitas falhadas e por nunca ser consonante com as liberdades e com os sistemas democráticos, também critico severamente um sistema que promove as mais graves desigualdades em favor de uma minoria. Este não é um sistema sustentável e até o mundo assim o entender, os cidadãos entalados entre o consumismo desenfreado e o retrocesso social vão sofrendo.
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