A celeuma em torno da possibilidade de se pedir aos mais ricos um esforço extraordinário não cessa de alimentar páginas de jornais. Aparentemente, a questão não será assim tão simples, a julgar pelas afirmações de alguns entendidos na matéria. Fala-se no risco de fuga de capitais, embora o imposto, a acontecer, tivesse cariz temporário e extraordinário. Advoga-se que o Estado não iria arrecadar muito dinheiro com esse imposto, apesar de nem sempre o Estado conseguir arrecadar receita substancial com a suas medidas; senão veja-se a receita proveniente do imposto extra sobre os pensionistas cujas pensões ultrapassem os 1500 euros.
As declarações do homem mais rico do país, Américo Amorim, apenas vieram inflamar a discussão.
De um modo geral, é difícil compreender tanta celeuma em volta de uma questão que nem se quer deveria suscitar tanta inquietação. Quem tem mais, deve contribuir mais para o esforço colectivo. Compreende-se isso sim, a discussão em torno de uma possível taxação sobre o rendimento que pode levantar dúvidas de exequibilidade. Que se discuta então a melhor forma de se taxar quem mais tem e não se esse pagamento deve ter lugar ou não.
Na verdade, seria desejável que o Governo incidisse toda a sua impetuosidade sobre a despesa, designadamente com as empresas públicas, com as parcerias público-privadas que muito contribuem para a despesa, com as negociatas com algumas empresas, com a distribuição incessante de lugares e de luxos que continuam a fazer parte do quotidiano do país. Essa seria a melhor forma de combater a dívida e o défice. Assim como seria preferível olhar para a banca, para o capital e para as grandes empresas com olhos de quem pretende construir um país mais justo.
Não é de todo isso que acontece, pelo contrário. Assistimos pois a uma sangria fiscal da classe média (é mais fácil, bem sei). O Governo português alheio ao que se passa em redor, insiste em ir mais longe do que a Troika, destruindo o Estado Social, abrindo os sectores da economia ao capital, vendendo ao desbarato o que ainda há a vender, aplicando medidas que degeneram invariavelmente em recessão, em desemprego e em miséria.
Dir-se-á que é a Troika. Mas seria importante ouvir as declaração da directora-geral do FMI, Christine Lagarde, insistindo na necessidade de não se reduzir rapidamente a despesa pública, exactamente o contrário do que se está a fazer em Portugal. O Governo de Passos Coelho está decidido a aplicar as medidas recessivas, cortando na parte mais injusta da despesa pública, exactamente o contrário que Lagarde pede. Não há pior cego do que aquele que não quer ver. Até ao abismo.
As declarações do homem mais rico do país, Américo Amorim, apenas vieram inflamar a discussão.
De um modo geral, é difícil compreender tanta celeuma em volta de uma questão que nem se quer deveria suscitar tanta inquietação. Quem tem mais, deve contribuir mais para o esforço colectivo. Compreende-se isso sim, a discussão em torno de uma possível taxação sobre o rendimento que pode levantar dúvidas de exequibilidade. Que se discuta então a melhor forma de se taxar quem mais tem e não se esse pagamento deve ter lugar ou não.
Na verdade, seria desejável que o Governo incidisse toda a sua impetuosidade sobre a despesa, designadamente com as empresas públicas, com as parcerias público-privadas que muito contribuem para a despesa, com as negociatas com algumas empresas, com a distribuição incessante de lugares e de luxos que continuam a fazer parte do quotidiano do país. Essa seria a melhor forma de combater a dívida e o défice. Assim como seria preferível olhar para a banca, para o capital e para as grandes empresas com olhos de quem pretende construir um país mais justo.
Não é de todo isso que acontece, pelo contrário. Assistimos pois a uma sangria fiscal da classe média (é mais fácil, bem sei). O Governo português alheio ao que se passa em redor, insiste em ir mais longe do que a Troika, destruindo o Estado Social, abrindo os sectores da economia ao capital, vendendo ao desbarato o que ainda há a vender, aplicando medidas que degeneram invariavelmente em recessão, em desemprego e em miséria.
Dir-se-á que é a Troika. Mas seria importante ouvir as declaração da directora-geral do FMI, Christine Lagarde, insistindo na necessidade de não se reduzir rapidamente a despesa pública, exactamente o contrário do que se está a fazer em Portugal. O Governo de Passos Coelho está decidido a aplicar as medidas recessivas, cortando na parte mais injusta da despesa pública, exactamente o contrário que Lagarde pede. Não há pior cego do que aquele que não quer ver. Até ao abismo.
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